O diabete melito inclui um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia, resultante de defeitos na secreção de insulina e/ou em sua ação, que não permite ao organismo usar a energia dos carboidratos.
Apresenta diversas formas clínicas, sendo classificado em:
• Diabete melito tipo 1: ocasionado pela destruição da célula beta do pâncreas, em geral por decorrência de doença auto-imune, levando a deficiência absoluta de insulina;
• Diabete melito tipo 2: provocado predominantemente por um estado de resistência à ação da insulina associado a uma relativa deficiência de sua secreção;
• Outras formas de diabete melito: quadro associado a desordens genéticas, infecções, doenças pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas;
• Diabetes gestacional: circunstância na qual a doença é diagnosticada durante a gestação, em paciente sem aumento prévio da glicose.
O diabete melito tipo 2 corresponde à forma mais prevalente, perfazendo 90% dos casos de diabete.
A prevalência mundial do diabete melito tipo 2 tem crescido em proporções epidêmicas, relacionado tanto ao aumento do consumo de gorduras saturadas, quanto ao estilo de vida sedentário e à obesidade. A prevalência total estimada desta doença entre adultos americanos é de 8,4%. No Brasil, a estimativa é de 7,6% e em POA de 8,9%.
Caracteriza-se por cansaço, visão embaralhada, perda não voluntária de peso, excesso de sede e de urina (polidipsia e poliúria, respectivamente).
Este tipo de diabete apresenta como principais fatores de risco:
• Idade acima de 45 anos;
• Sobrepeso / Obesidade;
• História familiar de diabete em parentes de 1º grau;
• Diabete gestacional ou macrossomia prévia (peso do recém nascido acima de 4kg);
• Pressão alta;
• Dislipidemia (HDL-colesterol abaixo de 45 mg/dl e/ou triglicerides acima de 250 mg/dl);
• Sedentarismo.
As complicações crônicas relacionadas ao diabete são proporcionais ao controle glicêmico e incluem: complicações vasculares como infarto e derrame, neuropatia, retinopatia e nefropatia.
O tratamento abrange mudanças no estilo de vida associado ao uso de hipoglicemiantes orais e / ou insulina.
Os alvos a serem atingidos para a maioria dos pacientes com vistas à redução das complicações crônicas são:
• Glicemia de jejum entre 70-130 mg/dl;
• Glicemia pós-prandial 2 horas após abaixo de 180 mg/dl;
• Hemoglobina glicada (Hb1Ac) menor que 7%
Fonte: ADA Standards of Medical Care in Diabetes 2014.
R. Dona Laura, 333/ 906, Moinhos de Vento - Porto Alegre/ RS | (51) 99600-2233 | contato@endocrinologistamilene.med.br