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Domingo, 10 Dezembro 2017 15:32

Alimentação controlada e a longevidade Destaque

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Estudos conduzidos em animais têm demonstrado que uma alimentação controlada é capaz de retardar o envelhecimento, além de reduzir o risco de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doença cardiovascular e neoplasias malignas.

Uma alimentação mais restritiva, porém sem causar qualquer tipo de desnutrição, tem mostrado ser capaz de aumentar entre 20 a 50% a expectativa de vida (longevidade) em ratos em relação aos animais com uma alimentação sem restrições.

Um estudo muito interessante foi realizado com macacos, em Wisconsin / EUA, para avaliar a expectativa de vida e o risco de doenças conforme o tipo de alimentação recebida durante 20 anos*.

Um grupo de macacos recebeu uma dieta saudável, mas moderadamente restritiva e o outro grupo poderia comer à vontade.

No grupo de macacos com alimentação à vontade, 37% morreram em comparação a apenas 13% daqueles que receberam comida de forma controlada. Em outras palavras, os animais que comiam à vontade tiveram um risco 3 vezes maior de morrer em relação aos que receberam uma restrição moderada da dieta.

Além disso, os animais que receberam uma alimentação controlada apresentaram menor risco de desenvolver doenças como diabetes, câncer, doença cardiovascular e atrofia cerebral em relação ao grupo que comia de tudo, sem restrição.

A figura acima retrata a aparência do macaco que comia à vontade (Figuras A e B) comparado àquele que recebia alimentação controlada (Figuras C e D). Ambos apresentam 27 anos de idade, o que corresponde a 45 anos em humanos.

Esse estudo levanta a hipótese de que uma dieta saudável, porém mais restritiva e controlada, pode aumentar a expectativa de vida assim como reduzir as doenças relacionadas ao excesso de peso também em humanos, tendo em vista a similaridade entre primatas e humanos.

Em humanos, tais estudos são inviáveis de serem realizados pela necessidade de controle constante da alimentação por períodos prolongados.

Entretanto, estudos de menor duração realizados em humanos demonstraram que, quando submetidos a períodos de maior restrição, os indivíduos participantes apresentaram redução significativa de marcadores relacionados à aterosclerose e ao diabetes tipo 2. Além disso, estes indivíduos desenvolveram adaptações semelhantes aos primatas quando submetidos à restrição calórica, provavelmente contribuindo para os mesmos benefícios descritos em primatas, incluindo a maior longevidade!

*Nota: Este estudo foi conduzido no Centro de Estudos da Wisconsin National Primate Research Center, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com animais e não envolveu qualquer tipo de mal trato aos mesmos.

Referências:

1. Caloric Restriction Delays Disease Onset and Mortality in Rhesus Monkeys. Science 325, 201 (2009).

2. Caloric restriction in humans. Exp Gerontol 2007 Aug;42(8):709-12.

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Lido 2831 vezes Última modificação em Terça, 26 Março 2019 16:46

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