A solicitação excessiva e indiscriminada de exames vem crescendo de forma alarmante nas últimas décadas, com repercussões tanto para o paciente quanto para o sistema de saúde.Supervalorização dos exames em detrimento a uma boa anamnese e exame físico, desconhecimento do custo dos procedimentos, postura médica defensiva, insegurança ou inexperiência profissional, desenvolvimento e disponibilidade de novos testes são algumas das justificativas para este crescimento desenfreado no pedido de exames.Com frequência, os pacientes entram em contato previamente para realizarem exames de “checkup” com vistas a otimizar a consulta médica e percebo que muitos ficam frustrados quando respondo que a solicitação de exames vai depender de inúmeros fatores, a considerar idade, histórico de doenças, história familiar, etc.Apesar de os exames fornecerem informações que podem ser válidas para fins diagnóstico, prognóstico, preventivo, estabelecimento de riscos para determinadas doenças, assim como para evitar procedimentos complementares mais complexos e invasivos, a sua solicitação deve ser individualizada.Conforme estudo realizado no Brasil com pacientes atendidos em um ambulatório de clínica geral de um hospital universitário, quase 90% dos diagnósticos foram realizados apenas com uma boa entrevista e achados ao exame físico e apenas em 13% dos casos os exames complementares contribuíram para a elucidação diagnóstica.Portanto, a solicitação racional de exames contribui para o exercício de uma medicina de excelência, reduzindo desperdícios e, principalmente, reduzindo situações geradoras de ansiedade para o paciente.Desconfie sempre de profissionais que solicitam exames em…
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