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Artigos

Um dos maiores estudos sobre medidas para prevenção do diabetes, o Diabetes Prevention Program, mostrou uma redução de 58% no risco de diabetes com mudanças no estilo de vida durante aproximadamente 3 anos de acompanhamento. As metas para as intervenções no estilo de vida foram: Quando cada meta foi avaliada individualmente, a perda de peso foi o principal preditor de redução na incidência de diabetes: para cada 1 kg de perda de peso, houve uma redução de 16% no risco de diabetes, conforme ilustrado na figura acima! Entre os participantes que conseguiram atingir a meta de atividade física, a redução do risco foi de 44% durante os 3 anos de acompanhamento. Dentre aqueles que conseguiram obter uma perda de peso superior à meta de 7%, combinada às metas de exercício e redução da gordura da dieta, a redução do risco foi superior a 90%! Embora este trabalho seja antigo, os resultados mostram que não é necessário atingir um “determinado IMC ou peso ideal” para se obter benefícios em termos de saúde em geral. Neste estudo, indivíduos que conseguiram manter uma perda de 5 kg durante os 3 anos de acompanhamento apresentaram uma redução do risco de progressão para diabetes de 55%! Já um aumento na atividade física, além de contribuir para a manutenção da perda de peso no longo prazo, reduz de forma independente o risco de diabetes!! Referências: 1. …
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Indivíduos com obesidade apresentam tanto um excesso de tecido adiposo (massa de gordura) quanto de massa muscular em relação àqueles com peso normal, como exposto na figura acima. Portanto, durante o processo de emagrecimento, é esperado que ocorra uma perda de ambos, gordura e músculo. Entretanto, perda de grandes quantidades de massa muscular em relação à de gordura podem comprometer a manutenção do novo peso tendo em vista a íntima relação do músculo com o metabolismo basal, principal componente do gasto calórico diário. Dessa forma, a proporção considerada adequada durante a fase de emagrecimento é de 70 a 80% da perda de peso como gordura e 20 a 30% como massa muscular. A realização de uma dieta restritiva isoladamente pode acentuar essa perda de massa muscular, comprometendo a manutenção dos resultados no médio e longo prazo. Já uma dieta hipocalórica com uma ingestão adequada, mas não excessiva, de proteína combinada à realização regular de exercícios, sobretudo os de força como a musculação, contribuem para a maior preservação da massa muscular, além de melhorar a força durante esta fase de perda de peso!! Referência Adv Nutr 2017;8:511–9
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Sexta, 03 Maio 2019 21:54

Vacinação no paciente com diabetes

Pacientes com diabetes podem apresentar alterações no sistema imunológico com maior risco de complicações, hospitalizações e mortalidade após uma infecção por influenza (gripe) e pneumococo. Considerando que a gripe é uma doença infecciosa, transmissível e evitável, recomenda-se que todos os pacientes com diabetes sejam vacinados contra o vírus influenza anualmente durante o outono. Este ano o período de vacinação será entre 22 de abril a 31 de maio! Importante ressaltar que esta vacina é feita com vírus inativado, não causando gripe ou outras doenças respiratórias. Além disso, não existem níveis glicêmicos que contra-indiquem a vacina! Outra vacina fortemente recomendada é contra o pneumococo (Streptococcus pneumoniae), bactéria causadora de pneumonia, meningite, otite e infecção generalizada. Pacientes com diabetes são mais suscetíveis às formas graves da infecção pelo pneumococo e estão em risco de complicações por esta infecção, especialmente aqueles com mais de 65 anos, com doença cardiovascular, pulmonar e renal. Atualmente existem 2 vacinas disponíveis contra o pneumococo: vacina conjugada pneumocócica 13-valente (PCV13) e a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (PPSV23). A PPSV23 é recomendada para todos os pacientes com diabetes entre os 19 aos 64 anos, com reforço a cada 5 anos. Já para aqueles com mais de 65 anos, além da vacina PPSV23, é recomendada uma dose única da PCV13. Ambas as vacinas (PPSV23 e PCV13) podem ser administradas simultaneamente com outras vacinas, por meio de uma injeção separada em…
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É de conhecimento geral que a obesidade é uma doença complexa que se manifesta em indivíduos geneticamente predispostos expostos a fatores ambientais, dentre os quais destacam-se uma alimentação nutricionalmente desequilibrada associada a hábitos de vida sedentários. De caráter crônico com tendência a recidivas ao longo do tempo, a obesidade ainda hoje apresenta muitas lacunas no conhecimento em relação ao seu surgimento, história natural e tratamento. Por isso, os indivíduos acometidos, infelizmente, sofrem tanto pela doença em si e todas as complicações associadas ao excesso de adiposidade como também pelos estigmas e preconceitos vinculados à obesidade. Dessa forma, o médico que se propõe a atender pacientes com esta doença deve ter ética e conhecimento aprofundado sobre a sua patogênese para que não iluda o paciente com falsas promessas do tipo: “cura da obesidade”, “método infalível”. O médico deve ter conhecimento adequado sobre os princípios da dietoterapia para que não seja ludibriado pelos modismos do momento. Deve conhecer o mecanismo de ação, o efeito esperado e também os indesejáveis com os fármacos disponíveis para tratamento da obesidade. Deve igualmente ter tempo suficiente para ouvir todos os anseios, dificuldades e expectativas do paciente em relação à sua doença e ao seu tratamento. O médico, por fim, deve ter, acima de tudo, respeito e empatia pelo doente que muitas vezes chega à consulta desacreditado no tratamento, cansado de sofrer tanto preconceito por ter uma…
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A obesidade vem sendo associada a um maior risco de asma tanto em crianças quanto em adultos desde a década de 80 quando os primeiros estudos mostraram uma relação entre ambas. Pacientes com asma que desenvolvem obesidade apresentam mais sintomas, crises mais frequentes, inclusive com maior necessidade de hospitalização, e menor resposta terapêutica para controle da asma, resultando em piora da qualidade de vida. Além disso, a asma não controlada pode predispor ao ganho de peso por promoção ao sedentarismo e pela maior frequência de uso de corticoide para controle da doença. Conforme uma revisão publicada em 2007 com mais de 330.000 indivíduos avaliados, o risco de asma foi progressivamente maior conforme o excesso de peso. Indivíduos com sobrepeso apresentaram um risco 50% maior e entre aqueles com obesidade 90% maior de desenvolver asma quando comparados àqueles com peso normal. Mas quais os mecanismos envolvidos nesta relação entre excesso de peso e asma? A obesidade, por ser uma doença associada a um estado de maior inflamação sistêmica, contribui para o aumento da inflamação das vias aéreas, mecanismo descrito na asma. Além disso, o excesso de tecido adiposo localizado no tórax e abdome, limita a expansibilidade pulmonar, ocasionando redução do volume pulmonar, da capacidade pulmonar total, aumento do broncoespasmo (hiper-reatividade das vias aéreas), maior rigidez pulmonar e piora da relação ventilação-perfusão pulmonar. Além destes mecanismos, é possível que comorbidades frequentemente associadas…
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