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Artigos

Quarta, 26 Outubro 2016 15:06

Incretinas e o Diabetes

Incretinas são hormônios oriundos do intestino que são liberados em resposta a uma refeição. Participam do controle glicêmico mediante a liberação de insulina (efeito incretina) e a inibição da liberação de glucagon (hormônio que aumenta os níveis de glicose) após uma refeição.O GLP1, do inglês glucagon-like peptide, é o hormônio incretínico mais conhecido e estudado.Além dos seus efeitos sobre a regulação da glicemia, o GLP1 participa da regulação do peso corporal, aumentando a saciedade e a sensação de plenitude após uma refeição, contribuindo, dessa forma, para a perda de peso.Em pacientes com diabetes tipo 2, os níveis de GLP1 estão reduzidos. Dessa forma, medicações baseadas no GLP1 foram lançadas no mercado com a finalidade de reproduzir e/ou aumentar os efeitos do GLP1 no organismo.São medicações eficazes, quando avaliadas pela capacidade de redução dos níveis de hemoglobina glicada, tanto em monoterapia, quanto em associação a outras medicações.Os análogos do GLP1 são injetáveis (injeções diárias ou semanais, conforme a medicação), com mínimo risco de hipoglicemia quando usados em associação a outros hipoglicemiantes. Os efeitos adversos são predominantemente gastrintestinais, particularmente náuseas, vômitos e diarreia, ocorrendo em 10 a 50% dos pacientes. Entretanto, tais paraefeitos tendem a se resolver dentro de poucas semanas.Em relação aos efeitos em longo prazo, estudo publicado em julho deste ano em uma revista conceituada de Medicina (The New England Journal of Medicine) mostrou redução de 13% nas taxas de…
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O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente de câncer no mundo e o mais comum entre as mulheres. Além disso, a maior causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento como o Brasil.No Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama responde por cerca de 25% dos novos casos de câncer a cada ano. Ainda no Brasil, em 2016, são esperados 57.960 casos novos de câncer de mama, com um risco estimado de 56,20 casos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer é o mais frequente nas mulheres da Região Sul do país.Além dos fatores de risco clássicos, como envelhecimento, fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher (mulheres que não tiveram filhos ou primeira gestação após os 30 anos), história familiar de câncer de mama e alta densidade do tecido mamário, fatores como o consumo excessivo de álcool, excesso de peso, sedentarismo e alimentação inadequada são considerados agentes potenciais para o desenvolvimento desse câncer.A prática regular de atividade física e a alimentação saudável com a manutenção do peso corporal estão associadas a uma diminuição de aproximadamente 30% do risco de desenvolver câncer de mama.Um maior índice de massa corporal (IMC) bem como o ganho de peso durante o climatério (período de transição para a menopausa) são considerados fatores de risco para o…
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O conceito de restrição calórica intermitente ou jejum intermitente tem ganhado notória popularidade entre pesquisadores e o público em geral.Caracteriza-se por um período de jejum ou de uma restrição alimentar significativa, mais comumente entre 1 a 4 dias por semana, intercalado por uma dieta normal.Experimentos com animais têm obtido resultados promissores com o jejum intermitente: 1. Melhor mobilização de gordura; 2. Modulação favorável da flora intestinal; 3. Aumento da sensibilidade à insulina com redução da glicemia; 4. Redução da inflamação sistêmica.Além disso, resultados iniciais realizados em animais mostraram ainda uma redução no risco de doenças crônicas, como diabetes, câncer, doença neurodegenerativa e doença cardiovascular.Entretanto, em humanos, as evidências são escassas, e o que se tem são extrapolações dos benefícios obtidos em animais e estudos com um número muito limitado de pacientes.Dessa forma, algumas perguntas devem ser respondidas antes que tal prática seja amplamente recomendada: 1. A restrição calórica intermitente induz melhora metabólica superior à restrição calórica contínua? 2. A restrição calórica intermitente induz maior perda de peso e/ou de massa gorda quando comparada à restrição calórica contínua? 3. A restrição calórica intermitente facilita a manutenção do peso em médio e longo prazo em relação à restrição calórica contínua?Os resultados até o momento sugerem que o efeito da restrição alimentar intermitente parece ser similar ao obtido com as dietas convencionais hipocalóricas. Cabe ressaltar que o número de estudos publicados bem como…
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Terça, 23 Agosto 2016 13:50

Metformina na gestação

Denomina-se diabetes gestacional à hiperglicemia que é evidenciada pela primeira vez na gestação, podendo persistir ou não após o parto.Este tipo de diabetes ocorre entre 5 a 30% das gestações, conforme a etnia, a população e o critério diagnóstico utilizado. O aumento progressivo deste tipo de diabetes nos últimos anos tem ocorrido em paralelo ao maior ganho de peso antes e durante a gestação em mulheres em idade reprodutiva.O diabetes na gestação pode trazer complicações tanto para a mãe (cesariana e pré-eclâmpsia) quanto para o feto (aborto, prematuridade, crescimento excessivo e hipoglicemia após o parto).O tratamento atual para mulheres com este tipo de diabetes consiste no controle alimentar associado à atividade física. A insulina é reservada para os casos com pouca resposta à reeducação alimentar e ao exercício. Entretanto, o uso de insulina está associado ao risco de hipoglicemia materna e fetal e ao ganho de peso.Dessa forma, a metformina, medicação usualmente usada para pacientes com diabetes tipo 2, é uma alternativa com mínimo risco de hipoglicemia, sendo distribuída gratuitamente nas redes de Farmácia Popular e nas Unidades Básicas de Saúde.Uma revisão que incluiu 9 estudos avaliou o uso de metformina em 351 mulheres no primeiro trimestre da gestação e não encontrou diferenças em relação àquelas que receberam placebo nas taxas de malformações congênitas.Portanto, para mulheres que não responderam adequadamente ao tratamento com dieta e exercício e que não desejam…
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O exercício físico tem papel fundamental tanto na prevenção quanto no tratamento de pacientes com diabetes tipo 2. Apesar de sua relevância, cerca de um terço dos pacientes com diabetes tipo 2 não realizam qualquer atividade física.A realização regular de atividade física na maioria dos dias da semana é capaz de reduzir a incidência (novos casos) de diabetes, sobretudo em pacientes de maior risco para a doença, como aqueles com excesso de peso e história familiar da doença.O exercício aeróbico associado ao de resistência está associado à redução da hemoglobina glicada (exame que avalia a média da glicemia dos últimos 3 meses) de até 1%, efeito semelhante a muitas medicações disponíveis para o tratamento da doença. Reduções maiores da hemoglobina glicada podem ocorrer quando os exercícios são realizados com duração superior a 150 minutos por semana.A seguir, algumas recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes sobre o momento ideal, frequência, tipo e duração ideais de exercícios para pacientes com diabetes tipo 2:1. Momento idealO melhor momento para a realização de atividade física é cerca de 30 minutos após uma refeição, quando a glicose ingerida será utilizada como substrato energético, evitando o aumento da glicose após a refeição (hiperglicemia pós-prandial).2. FrequênciaA recomendação atual é de atividade aeróbica diariamente, ou pelo menos 3 dias da semana, sem permanecer mais de 2 dias sem realizá-la, associada a exercícios de resistência pelo menos duas vezes…
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