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Artigos

Domingo, 17 Abril 2016 13:35

Estatinas e o risco de diabetes

Apesar do benefício comprovado em reduzir eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes com doença cardiovascular estabelecida ou em risco para estes desfechos, o uso de estatinas, medicações amplamente prescritas para controle do colesterol, tem sido associado a uma maior incidência (novos casos) de diabetes.Os estudos que mostraram um aumento no risco de diabetes entre os usuários de estatinas incluíram pacientes com vários fatores de risco cardiovascular já no início do estudo, tais como hipertensão, tabagismo, excesso de peso, dentre outros, que são fatores reconhecidamente associados ao aumento do risco de diabetes.Em 2012, um estudo (JUPITER trial) avaliando o uso de estatinas em pacientes sem doença cardiovascular (prevenção primária) mostrou um aumento de 26% no diagnóstico de diabetes de início recente em pacientes com múltiplos fatores de risco que receberam a medicação.No mesmo ano, o FDA (Food and Drug Administration) fez um alerta quanto ao risco de diabetes com o uso destas medicações.Cabe ressaltar que existe uma associação entre o uso de estatinas e o risco de diabetes em pacientes com múltiplos fatores de risco. Entretanto, não existe uma relação de causalidade entre a medicação e o surgimento da doença, apenas evidências mostrando uma associação. Se essas medicações realmente podem causar diabetes e os mecanismos pelos quais elas causariam hiperglicemia permanecem desconhecidos até o momento.Uma revisão sistemática que incluiu 13 estudos (totalizando 91.140 pacientes) analisou a associação entre o surgimento de…
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Domingo, 03 Abril 2016 13:34

Comer antes de dormir engorda?

Muito tem se questionado sobre o hábito de comer à noite, particularmente antes de dormir. Limitar a ingestão de alimentos à noite, sobretudo antes de dormir tem sido proposto como uma estratégia para perda de peso e melhora de parâmetros metabólicos e de composição corporal (massa magra). Mas o que nos dizem as evidências?De fato, as evidências sugerem resultados desfavoráveis em resposta a grandes refeições contendo carboidratos e gorduras em pacientes que consomem a maior parte dos alimentos à noite.Entretanto, uma série de estudos mais recentes têm mostrado que o consumo de lanches pouco calóricos compostos predominantemente por um macronutriente (proteína ou carboidrato) pode promover mudanças positivas em pacientes saudáveis (melhora da massa magra, redução do peso, aumento da saciedade pela manhã, melhora do colesterol), sobretudo naqueles pacientes fisicamente ativos.Mesmo em pacientes com excesso de peso, lanches pouco calóricos após a janta, quando associados à prática regular de atividade física, podem resultar em benefícios em termos de aumento da saciedade com consequente redução no total de calorias ingeridas por dia e redução de peso.Portanto, fazer lanches noturnos, antes de deitar, de até 150 a 200 kcal, composto predominantemente por proteínas ou carboidratos de baxo índice glicêmico, pode trazer benefícios em vários indicadores de saúde, como melhora de parâmetros antropométricos (redução do peso corporal e aumento da massa magra) e metabólicos (redução da glicemia e do colesterol total).Fonte: 1. Evening ready-to-eat…
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Conforme dados nacionais mais recentes, o excesso de peso tem acometido a maior parte da população brasileira: 52,5% da população adulta classificada como sobrepeso (IMC maior ou igual a 25 kg/m²) e 18% com obesidade (IMC maior ou igual a 30 kg/m²).Mudanças no estilo de vida (reeducação alimentar e atividade física) constituem a base do tratamento do excesso de peso.A prescrição de medicamentos para controle do peso está indicada para indivíduos com:1. IMC maior ou igual a 30kg/m²; 2. IMC maior ou igual a 27kg/m² na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso, como (pré-diabetes ou diabetes melitus tipo 2), hipertensão arterial, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono, osteoatrose, dentre outras.A associação de medicações como ferramenta para controle do peso aumenta significativamente as chances de sucesso na perda bem como na manutenção do peso em longo prazo.Estudo publicado no The New England Journal of Medicine em julho de 2015 avaliou efeito da liraglutida em relação ao placebo durante 2 anos.Pacientes tratados com liraglutida perderam em média 5% a mais de peso em relação ao placebo.Tal medicação é administrada de forma subcutânea, através de canetas para aplicação, diariamente. Promove redução do apetite e aumento da saciedade. Alguns estudos têm mostrado efeito adicional da medicação sobre indução de aversão a determinados alimentos.No último dia 29.02.16, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a comercialização da liraglutida (nome comercial: Saxenda) no…
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O maior número de pacientes diagnosticados com câncer de tireoide nos últimos 30 anos tem coincidido com o aumento na prevalência de sobrepeso (IMC entre 25 a 29,9 kg/m²) e de obesidade (IMC maior ou igual a 30 kg/m²) no mesmo período.Além da detecção aumentada pela maior realização de exames de imagem nos últimos anos, fatores ambientais, como o excesso de peso, parecem contribuir para esse aumento no número de casos diagnosticados de câncer de tireoide.Uma revisão de 21 artigos incluindo mais de 12 mil casos de câncer de tireoide foi publicada recentemente na Obesity Reviews, revista bastante renomada na área médica.Nesse estudo, houve um aumento no risco de câncer de tireoide linear ao aumento de peso tanto em homens quanto em mulheres (risco variando de 27 a 29% em indivíduos com sobrepeso a 53 a 57% em pacientes com obesidade) quando comparados a pacientes magros.Ainda, para cada aumento em 5 kg/m² no IMC, houve um aumento de 30% no risco de câncer de tireoide.Esses resultados sugerem que o excesso de peso parece contribuir para o desenvolvimento tumoral em indivíduos geneticamente predispostos. Até que estudos maiores explicando o mecanismo do excesso de peso sobre o maior risco de câncer na tireoide sejam publicados, a manutenção de um peso saudável representa uma estratégia importante na redução de novos casos.Fonte: 1. Adiposity and risk of thyroid cancer: a systematic review and meta-analysis.…
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Sábado, 23 Janeiro 2016 14:32

Dislipidemia na infância

Dislipidemia significa qualquer distúrbio no metabolismo das lipoproteínas que resulta em uma elevação isolada ou qualquer combinação abaixo:1.aumento do colesterol total 2.aumento do LDL (colesterol ruim) 3.aumento do colesterol não HDL 4.aumento dos triglicerídeos 5.redução do HDL (colesterol bom)Nos EUA, 20% das crianças e adolescentes entre 6 e 19 anos têm dislipidemia.A chance de detecção de exames do perfil lipídico alterados aumenta com o IMC:14% para crianças com peso adequado 22% para aquelas classificadas com sobrepeso (IMC entre os percentis 85 e 95) 43% para aquelas com diagnóstico de obesidade (IMC superior ao percentil 95)A presença de dislipidemia predispõe à aterosclerose (formação de placas de gordura), sendo um forte fator de risco para o surgimento de doença cardiovascular, como o infarto do miocárdio.Metade das crianças com alterações no colesterol persistem com dislipidemia quando adultas!!!A dislipidemia frequentemente começa precocemente na infância, e se, identificada e corrigida a tempo, pode ser controlada com a redução subsequente do risco de doença coronariana.Normalmente, os fatores de risco identificados na infância persistem na idade adulta!O principal fator de risco, que persiste até a idade adulta é a obesidade!! Aproximadamente 84% das crianças com IMC entre o percentil 95 a 99 se tornaram adultas com obesidade, conforme estudo americano.Para o colesterol e a pressão arterial, 40% das crianças entre 5 a 10 anos, com alteração do colesterol e/ou da pressão tornam-se hipertensas e/ou com dislipidemia quando…
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