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Quarta, 07 Fevereiro 2018 15:38

"0% de gordura TRANS" - será mesmo?

Você já se questionou alguma vez se aquela bolachinha ou biscoito constando no rótulo “0% de gordura TRANS” realmente não contém esta gordura?

Gorduras TRANS são formadas, durante o processo de hidrogenação industrial que transforma óleos vegetais líquidos em gordura sólida à temperatura ambiente, com o objetivo de melhorar a textura, o sabor, a consistência e também a duração do alimento.

Esta gordura pode ser encontrada principalmente em alimentos ultraprocessados, como biscoitos, sorvetes, batatas fritas, salgadinhos de pacote, bolos, frituras em geral, margarinas, dentre outros.

Por estar associada ao aumento dos níveis de colesterol total e de LDL (colesterol ruim), bem como à redução do HDL (colesterol bom), a ingestão deste tipo de gordura não é recomendável.

Por isso, desde 2006, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) exige que os níveis de gordura TRANS sejam descritos no alimento, sob uma de três formas:



“0% de gordura TRANS” fica reservado aos alimentos que apresentarem um máximo de 0,2 g de gorduras TRANS por porção do produto!

Isso não significa que você não esteja consumindo esta gordura!

Além disso, se, em um biscoito constar "ausência de gordura TRANS por porção", e a porção corresponder a 3 biscoitos por exemplo, se você ingerir 5 biscoitos estará ingerindo gordura TRANS.

Portanto, fique atento e comece a prestar mais atenção na lista de ingredientes e nos rótulos dos alimentos que você esta ingerindo!

Fontes:

1. portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0360_23_12_2003.pdf/5d4fc713-9c66-4512-b3c1-afee57e7d9bc

2. publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2017/02_DIRETRIZ_DE_DISLIPIDEMIAS.pdf

3. jaha.ahajournals.org/content/5/1/e002891

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Muitos pacientes ficam em dúvida sobre a necessidade de usar suplementos à base de proteínas, como o whey protein, para ganho de massa muscular.

Por ser uma pergunta recorrente no consultório, vou comentar um pouco sobre as indicações de uso bem como as principais diferenças entre os tipos de whey.

Antes de prescrever suplemento, alguns aspectos importantes devem ser considerados.

Inicialmente, a alimentação deve ser revisada, sobretudo em relação à quantidade de proteínas ingeridas na dieta.

Além disso, deve-se calcular o total de proteínas por dia que o paciente deveria estar ingerindo conforme o seu peso e o seu nível de atividade física.

Quando a ingestão alimentar for inferior ao mínimo recomendado, pode-se prescrever o whey protein para complementar a dieta.

Outro aspecto a ser considerado durante a consulta é o tipo de exercício que o paciente realiza, se aeróbico ou resistido, bem como os seus objetivos, se desejo por melhora do condicionamento físico ou ganho de massa muscular.

Se o objetivo for ganho de massa muscular, uma alimentação com a quantidade adequada de proteína combinada à prática regular de exercício resistido, como a musculação, é suficiente. Mas então o uso de whey não é obrigatório nestes casos? A resposta é: Não!

O whey protein pode ser usado no sentido de ser mais conveniente, sobretudo em pacientes que necessitem de um aporte maior de proteínas por dia. Muitas vezes é dicífil adequar a quantidade mínima diária de proteínas apenas com a alimentação. Ainda, alguns pacientes preferem o suplemento por questões de praticidade e comodidade.

Importante o entendimento de que a proteína em si não é um suplemento ergogênico! Isso significa que não basta apenas ingerir proteínas (sejam elas oriundas da dieta ou de suplementos) para ganho de massa muscular. Muitos pacientes acreditam que, se fizerem uma dieta à base de proteínas, terão maior ganho de massa muscular! A proteína serve como substrato para otimizar o ganho de massa muscular mediante uma série de estímulos, como o exercício resistido, por exemplo

Igualmente importante é o conceito de que, para uma maior síntese proteica, é necessário o fracionamento das proteínas (dietéticas ou suplementadas) em quatro porções ao dia, em quantidades que variam entre 20 a 40 gramas por dia.

Além disso, proteínas de origem animal, incluindo o whey protein, possuem uma quantidade maior de aminoácidos essenciais e leucina, substratos fundamentais para a síntese proteica, quando comparadas às de origem vegetal.

Quantidades superiores, em um único momento, podem ser prejudiciais para a otimização do ganho de massa muscular.

E o uso de whey protein durante ou logo após a musculação, é necessário? Conforme uma revisão de estudos científicos publicada em 2013, a quantidade total de proteínas por dia e o seu devido francionamento parece ser mais importante para o ganho de massa muscular do que a relação temporal entre o exercício e a ingestão de proteína.

E em relação aos tipos de whey, na prática, quais as diferenças entre eles?

Whey protein corresponde à proteína derivada do soro do leite durante a fabricação de queijo. Contém proteínas, lactose, vitaminas, minerais e gordura em proporções diversas.

► Whey protein concentrado

- possui entre 30 a 80% de proteínas em sua composição;

- contém uma quantidade maior de lactose e de gordura;

- usado para preparo de receitas que envolvam cozimento.

► Whey protein isolado

- apresenta um conteúdo de proteína entre 90 a 95%;

- contém uma quantidade menor de gordura e de lactose;

- prescrito para pacientes com intolerância à lactose.

► Whey protein hidrolisado

- representa a proteína quebrada (hidrolisada), ou seja, contém os aminoácidos prontos para serem absorvidos.

- indicado para pacientes com alergia à proteína do leite, por ser menos alergênico.

Concluindo, o whey protein pode ser usado com vistas a complementar a dieta para adequar as necessidades diárias de proteína do paciente. Entretanto, a utilização de whey não é mandatória para melhora da composição corporal (ganho de massa muscular e perda de gordura).

Eu particularmente prescrevo whey protein como substituto de um lanche intermediário, como o lanche da tarde por exemplo, pela praticidade e para pacientes que fazem questão, sobretudo para aqueles que necessitam de uma quantidade maior de proteínas por dia.

Também em idosos, por apresentarem normalmente um consumo menor de proteínas, prescrevo whey tendo em vista que uma ingestão insuficiente de proteínas nesta faixa etária associado ao fato de que normalmente esta população costuma ser menos fisicamente ativa, pode contribuir para a perda de massa muscular, sobretudo em indivíduos acima de 60 anos.

Referências

1. Emerging health properties of whey proteins and their clinical implications. J Am Coll Nutr. 2007 Dec;26(6):713S-23S

2. Technological Options for the Production of Health-Promoting Proteins and Peptides Derived from Milk and Colostrum. Current Pharmaceutical Design, 2007, 13, 829-843

3. The effect of protein timing on muscle strength and hypertrophy: a meta-analysis. Journal of the International Society of Sports Nutrition. 2013 10:53

4. Dietary protein supplementation in the elderly for limiting muscle mass loss. Amino Acids. 2017 Jan;49(1):33-47

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A prática regular de exercícios apresenta inúmeros benefícios em diversos sistemas no organismo que vão desde o estímulo à formação de novos neurônios à redução da mortalidade geral.

Confira a seguir seus principais benefícios: 

1. GANHO DE MASSA MAGRA E MELHORA DA FORÇA MUSCULAR

► Você sabia que a partir dos 30 anos existe uma perda gradual e progressiva de massa muscular? E, em mulheres, esta perda torna-se mais pronunciada durante o climatério e a menopausa, por volta dos 45 a 50 anos.

► A redução da massa muscular (conhecida como sarcopenia) está associada a uma diminuição da força muscular, um achado frequentemente visto em indivíduos com mais de 60 anos.

► A sarcopenia, por sua vez, aumenta o risco de quedas e consequentemente de fraturas, hospitalização e mortalidade.

► Nesse sentido, o exercício, especialmente o resistido (exercício que envolva alguma carga, como a musculação), reduz consideravelmente a perda de massa muscular relacionada à idade e consequentemente as complicações descritas acima.

2. MAIOR CHANCE DE MANUTENÇÃO DO PESO

► Indivíduos fisicamente ativos apresentam um menor ganho de peso ao longo do tempo quando comparados aos sedentários.

► Já em pacientes em tratamento para perda de peso, o exercício resistido durante a fase de emagrecimento atenua significativamente a flacidez por maior preservação da massa muscular.

► Sabemos que a nossa taxa metabólica basal (isto é, o quanto de energia precisamos consumir para manutenção das atividades fisiológicas basais) depende basicamente da nossa massa muscular. Portanto, quanto maior a massa muscular, maior a chance de  manutenção do peso no longo prazo!

3. MELHORA DA MASSA ÓSSEA

► A obtenção de um pico máximo de massa óssea é considerada a melhor proteção contra a perda óssea relacionada à idade.

► Tendo em vista que o pico de massa óssea ocorre por volta dos 20 anos de idade e é influenciado pela genética e por fatores ambientais, como uma alimentação rica em cálcio e a realização de atividade física, a instituição de exercícios regulares nessa fase da vida é imprescindível.

► Exercícios com alguma resistência ou impacto estão associados ao aumento da massa óssea e à redução de fraturas em geral, especialmente fraturas do fêmur em pacientes com osteopenia ou osteoporose.

4. REDUÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

► O exercício reduz o risco de hipertensão arterial assim como auxilia no controle da pressão em pacientes em tratamento para a doença.

► Indivíduos ativos apresentam risco 30% menor de desenvolver hipertensão arterial em relação aos sedentários.

5. REDUÇÃO DOS SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO

► A realização de exercícios regularmente reduz os sintomas de ansiedade de magnitude proporcional à duração das sessões de exercício.

► Ainda, o alívio dos sintomas pode ser comparável a algumas medicações ansiolíticas. Portanto, para indivíduos que optam por opções não farmacológicas, o exercício mostra-se uma opção bastante efetiva.

► Em relação à depressão, a adoção de exercícios regulares pode ser prescrita como modalidade única de tratamento em pacientes com sintomas leves bem como parte do tratamento para os pacientes mais sintomáticos.

6. PRESERVAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA

► O exercício melhora o intelecto (memória, raciocínio, linguagem), especialmente entre idosos.

► Mais recentemente, ficou demonstrado que o exercício é capaz de estimular tanto a neurogênese (formação de novos neurônios) quanto a neuroplasticidade (capacidade de reorganização das células nervosas), contribuindo para a preservação da função cognitiva com o decorrer da idade.

7. MELHORA DO SONO

► Indivíduos com distúrbios do sono (insônia ou sono fragmentado) frequentemente referem fadiga, desatenção e irritabilidade.

► Para aqueles que estão tentando emagrecer, sabe-se que um sono de qualidade ruim aumenta a vontade por alimentos ricos em açúcar e gordura, dificultando, portanto, a adesão ao plano alimentar.

► A prática regular de exercícios tem efeitos positivos tanto sobre a duração total do sono quanto à qualidade do sono.

► Portanto, um sono de boa qualidade é fundamental para a restauração física e mental, além da maior chance de manutenção de um peso saudável no longo prazo.

8. INTEGRAÇÃO SOCIAL, MELHORA DA MOTRICIDADE, DISCIPLINA E CONCENTRAÇÃO

► A realização de qualquer atividade física em crianças contribui para o desenvolvimento da coordenação motora e da concentração.

► Além disso, entre crianças e adolescentes também contribui para aquisição de responsabilidade, disciplina e socialização com seus pares.

► Já indivíduos de meia idade e idosos ampliam seu círculo de amizades, um pré-requisito importante para um envelhecimento saudável.

9. REDUÇÃO DO RISCO DE DOENÇAS CRÔNICAS

► Existe uma relação bem estabelecida entre um menor risco de doenças crônicas com a realização de exercícios.

► O exercício aeróbico, como caminhadas, bicicleta, natação, produz efeitos positivos sobre o perfil lipídico (redução do colesterol ruim e aumento do colesterol bom), redução do percentual de gordura corporal, bem como redução dos fatores homeostáticos relacionados a maior risco de trombose.

► Tanto o exercício aeróbico (principalmente) quanto o resistido apresentam efeitos benéficos sobre o controle da pressão arterial, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares, como o AVC.

► O exercício melhora os níveis de glicemia, reduzindo o risco de diabetes tipo 2 e melhorando o controle glicêmico em pacientes já em tratamento para a doença.

► Ainda, o exercício parece ser protetor contra uma série de cânceres, tais como câncer de mama, intestino, endométrio, próstata e pâncreas.

► Para pacientes já em tratamento contra um câncer, a manutenção de exercícios regulares está associada a maior sobrevida, menor prevalência de fadiga e a melhor qualidade de vida.

10. REDUÇÃO DA MORTALIDADE GERAL

► Inúmeros estudos têm mostrado uma relação direta entre o tempo de horas sentado por dia com o aumento da mortalidade geral.

► Conforme estudo recentemente publicado, a inatividade física é responsável por 9% das mortes prematuras.



A grande maioria dos benefícios relacionados ao exercício apresenta uma relação dose-resposta, ou seja, quanto maior o tempo dedicado, maior o benefício esperado. Por isso, é importante que você escolha alguma modalidade que lhe dê prazer!! 

Por fim, embora o exercício não reverta o processo de envelhecimento, ele certamente atenua muitos de seus efeitos deletérios sistêmicos e celulares.

 

 



*Atividade física e exercício não são sinônimos.

Atividade física refere-se a qualquer movimento corporal que aumente o gasto energético, o que inclui andar na rua, subir escada, fazer trabalhos domésticos e atividades de lazer. O termo exercício físico refere-se à atividade física realizada de forma estruturada, organizada e com objetivo específico.

Entretanto, para fins didáticos, estes termos foram usados como sinônimos neste texto.



Referências

1. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: an analysis of burden of disease and life expectancy. Lancet Physical Activity Series Working Group. Lancet. 2012 Jul;380(9838):219-29.

2. The effect of exercise training on anxiety symptoms among patients: a systematic review. Arch Intern Med. 2010;170(4):321.

3. Exercise interventions for cognitive function in adults older than 50: a systematic review with meta-analysis. Br J Sports Med. 2018;52(3):154. Epub 2017 Apr 24.

4. Exercise Attenuates the Major Hallmarks of Aging. Rejuvenation Res. 2015 Feb;18(1):57-89

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O período pós-parto começa logo após o parto e termina entre 6 a 8 semanas, período em que a maioria das mudanças fisiológicas ocorridas na gestação retorna ao normal.

Retenção de peso após o parto costuma ser definida como a diferença entre o peso antes da gestação e o peso em determinado período após a gestação, usualmente em 6 ou 12 meses, conforme abaixo:



► É estimado que a retenção de peso em 6 meses seja, em média, de 5,5 kg, sendo que 25% das mulheres retêm mais do que 9 kg após uma gestação!

► Diversos fatores influenciam a retenção de peso após a gestação, sendo os mais importantes o IMC pré-gestacional (quanto maior o IMC maior a retenção), um ganho de peso acima das recomendações durante a gestação, mulheres negras e amamentação por menos do que 6 meses (confira os principais fatores na tabela abaixo).

 A maioria das mulheres com sobrepeso (64%) e obesidade (51%) infelizmente acaba ganhando mais peso do que o recomendado durante a gestação.

Também é provável que o ganho excessivo no primeiro trimestre esteja mais intimamente relacionado à maior retenção de peso no pós-parto do que o ganho no segundo e terceiro trimestres.

► A amamentação, por outro lado, por gerar um gasto energético de aproximadamente 625 kcal ao dia, favorece a perda de peso. 

► Em relação a melhor estratégia para redução do peso após o parto, a combinação de uma dieta hipocalórica com perda gradual associada a exercícios regulares parece ser mais efetiva do que dieta ou exercícios isoladamente.

► Importante destacar que o acompanhamento por um profissional de saúde experiente é fundamental pois uma dieta no pós-parto não supervisionada pode causar consequências negativas para a mãe, como a redução da produção de leite materno, perda de massa magra, deficiência de nutrientes, dentre outras.

Concluindo...

Engravidar acima do peso e ganhar peso em excesso durante a gestação são os dois fatores mais fortemente relacionados à retenção do peso no pós-parto.

Além disso, a obesidade materna e o ganho excessivo de peso na gestação são fatores de risco para maior adiposidade no bebê.

Dessa forma, o bebê já nasce maior do que o esperado, com maior percentual de gordura e risco aumentado de tornar-se um criança, um adolescente e um adulto obeso, perpetuando, portanto, o ciclo da obesidade (conforme ilustrado na figura acima).

Intervenções direcionadas a mudanças de comportamento, que abordem esses fatores de risco modificáveis associados tanto à retenção de peso no pós-parto em mulheres quanto à adiposidade em sua prole, podem oferecer uma oportunidade de otimizar simultaneamente a saúde e prevenir o excesso de peso e a obesidade em duas gerações. 

*IMC = índice de massa corporal, definido pelo peso (em kg) dividido pela altura (em metros) ao quadrado



Referências

1. Modifiable risk factors of maternal postpartum weight retention: an analysis of their combined impact and potential opportunities for prevention. Int J Obes (Lond). 2017 July ; 41(7): 1091–1098. doi:10.1038/ijo.2017.78.

2. Overview of the postpartum period: Physiology, complications, and maternal care. UptoDate Jan 02, 2018

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Você sabia que o tempo médio em frente à televisão (TV) tem aumentado de forma alarmante nos últimos anos entre crianças e adolescentes?

Conforme dados do Painel Nacional de Televisão*, houve um aumento de aproximadamente 20% no tempo em frente à TV entre crianças e adolescentes de 4 a 17 anos.

Conforme o último levantamento, uma criança ou adolescente permanece cerca de 5h35 horas por dia em frente à TV!

Em paralelo a esse aumento no tempo de tela, tem havido um crescimento significativo de crianças e adolescentes com excesso de peso.

Diversos estudos têm repetidamente mostrado uma associação entre o tempo de tela com o ganho progressivo de peso.

Os mecanismos subjacentes a esta associação incluem:

1. realização de lanches altamente calóricos e nutricionalmente pobres ;
2. exposição midiática constante a propagandas de produtos alimentícios direcionadas a este público;
3. redução ou mesmo interrupção do sono.

Um estudo realizado na Inglaterra avaliou o impacto da TV no quarto sobre a mudança no peso em crianças entre 7 a 11 anos ao longo do tempo.

Conforme os resultados deste estudo, ter TV no quarto aos 7 anos foi associado a maior adiposidade e a um risco entre 20 a 30% de tornarem-se acima do peso aos 11 anos.

Ainda, o número de horas assistindo TV foi proporcional ao maior ganho de peso, sugerindo uma relação de dose-resposta.

Portanto, ter TV no quarto é um fator de risco para ganho de peso entre crianças e adolescentes, devendo ser considerado como estratégia adicional para prevenção e combate à obesidade.

*Pesquisa realizada pelo Ibope Media, que registrou a evolução do tempo dedicado à TV (canais abertos e fechados) entre 2004 a 2014.



Referência:

1. Longitudinal associations between television in the bedroom and body fatness in a UK cohort study. International Journal of Obesity (2017) 41, 1503–1509.

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A biomassa de banana verde consiste na polpa da banana verde, que é um amido resistente, ou seja, resistente à digestão no intestino, com efeito semelhante às fibras solúveis que auxiliam na redução dos níveis de colesterol.

As fibras solúveis encontradas, em sua maioria, nas frutas, na aveia e nas leguminosas (feijão, grão de bico, lentilha e ervilha), têm papel principal no controle do colesterol, pois reduzem a absorção intestinal de gorduras.

Já as fibras insolúveis (presentes nos grãos e nas hortaliças, principalmente) aumentam a saciedade, auxiliando na redução da ingestão alimentar.

​​​A biomassa de banana verde tem despertado crescente interesse científico tanto pelas suas propriedades nutricionais quanto pelo achado de uma quantidade elevada de amido resistente, um composto funcional que tem demonstrado benefícios sobre o perfil glicêmico e lipídico.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, é considerado funcional todo alimento que, além de suas funções nutricionais básicas, produz benefícios fisiológicos e/ou reduz o risco de doenças crônicas.

Conforme estudos prévios, a ingestão de 25 a 30 gramas de biomassa de banana verde (equivalente a 1 colher e meia de sopa) foi associada à melhora na sensibilidade à ação da insulina, redução da glicemia de jejum e da glicemia pós-prandial em ambos os indivíduos com e sem diabetes tipo 2.

Ademais, a inclusão na dieta da biomassa e da farinha de banana verde, ambas ricas em amido resistente, tem sido associada à redução dos níveis de colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade, colesterol ruim) e de triglicerídeos em estudos com roedores.

Além dos benefícios demonstrados sobre o perfil glicêmico e lipídico, de acordo com um estudo recente, indivíduos com obesidade e diabetes tipo 2 que ingeriram regularmente a biomassa de banana verde perderam mais peso (aproximadamente 1,2 kg) em relação ao grupo controle.

Estipula-se que o efeito do amido resistente sobre a redução de peso seja multifatorial, destacando-se o aumento da saciedade e consequentemente redução da ingestão alimentar e a modulação de hormônios intestinais, principalmente o GLP1 e o peptídeo YY, hormônios responsáveis pela saciedade.

Como um ingrediente alimentar, tanto a biomassa quanto a farinha de banana verde possuem baixíssimo valor calórico. Como exemplo, 40 gramas de biomassa de banana verde (equivalente a 2 colheres de sopa) contêm apenas 36 kcal!

A biomassa de banana verde pode ser incorporada a uma ampla variedade de receitas (pães, massas, bolos, sucos, dentre outros), tendo em vista não possuir sabor residual, não alterar a aparência geral nem o sabor dos alimentos.

Embora incipiente, os dados disponíveis até o momento são animadores e sugerem que tanto a biomassa quanto a farinha de banana verde apresentam propriedades nutricionais e funcionais com grande potencial para a indústria de alimentos.

Além disso, por não modificarem a textura e/ou o sabor dos alimentos, sua adição como ingrediente na preparação de uma série de produtos contribuirá para a redução do índice glicêmico do alimento (isto é, velocidade de absorção após o consumo), o que é especialmente importante em pacientes com diabetes e obesidade.

Ainda, o baixo custo e a grande disponibilidade da fruta na forma in natura em todo território nacional durante todo o ano torna esse alimento nutritivo de fácil acesso à maioria da população.

Por fim, importante ressaltar que nenhum alimento isoladamente é capaz de promover a perda de peso e/ou melhora do perfil lipídico e glicêmico. Os potenciais benefícios acima descritos devem ser ponderados num contexto de hábitos alimentares saudáveis associado à prática regular de atividade física.

OBS: Na foto acima, no canto superior direito, a biomassa foi produzida em casa. No canto inferior direito, a biomassa foi adquirida comercialmente.

Referências

1. Effects of Acute Ingestion of Native Banana Starch on Glycemic Response Evaluated by Continuous Glucose Monitoring in Obese and Lean Subjects. Int J Environ Res Public Health. 2015 Jul; 12(7): 7491–7505.

2. Effects of native banana starch supplementation on body weight and insulin sensitivity in obese type 2 diabetics. Int J Environ Res Public Health. 2010 May;7(5):1953-62

3. Resistant starch as functional ingredient: A review. Food Research International. 2010 May;43(4):931-942

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Domingo, 10 Dezembro 2017 15:32

Alimentação controlada e a longevidade

Estudos conduzidos em animais têm demonstrado que uma alimentação controlada é capaz de retardar o envelhecimento, além de reduzir o risco de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doença cardiovascular e neoplasias malignas.

Uma alimentação mais restritiva, porém sem causar qualquer tipo de desnutrição, tem mostrado ser capaz de aumentar entre 20 a 50% a expectativa de vida (longevidade) em ratos em relação aos animais com uma alimentação sem restrições.

Um estudo muito interessante foi realizado com macacos, em Wisconsin / EUA, para avaliar a expectativa de vida e o risco de doenças conforme o tipo de alimentação recebida durante 20 anos*.

Um grupo de macacos recebeu uma dieta saudável, mas moderadamente restritiva e o outro grupo poderia comer à vontade.

No grupo de macacos com alimentação à vontade, 37% morreram em comparação a apenas 13% daqueles que receberam comida de forma controlada. Em outras palavras, os animais que comiam à vontade tiveram um risco 3 vezes maior de morrer em relação aos que receberam uma restrição moderada da dieta.

Além disso, os animais que receberam uma alimentação controlada apresentaram menor risco de desenvolver doenças como diabetes, câncer, doença cardiovascular e atrofia cerebral em relação ao grupo que comia de tudo, sem restrição.

A figura acima retrata a aparência do macaco que comia à vontade (Figuras A e B) comparado àquele que recebia alimentação controlada (Figuras C e D). Ambos apresentam 27 anos de idade, o que corresponde a 45 anos em humanos.

Esse estudo levanta a hipótese de que uma dieta saudável, porém mais restritiva e controlada, pode aumentar a expectativa de vida assim como reduzir as doenças relacionadas ao excesso de peso também em humanos, tendo em vista a similaridade entre primatas e humanos.

Em humanos, tais estudos são inviáveis de serem realizados pela necessidade de controle constante da alimentação por períodos prolongados.

Entretanto, estudos de menor duração realizados em humanos demonstraram que, quando submetidos a períodos de maior restrição, os indivíduos participantes apresentaram redução significativa de marcadores relacionados à aterosclerose e ao diabetes tipo 2. Além disso, estes indivíduos desenvolveram adaptações semelhantes aos primatas quando submetidos à restrição calórica, provavelmente contribuindo para os mesmos benefícios descritos em primatas, incluindo a maior longevidade!

*Nota: Este estudo foi conduzido no Centro de Estudos da Wisconsin National Primate Research Center, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com animais e não envolveu qualquer tipo de mal trato aos mesmos.

Referências:

1. Caloric Restriction Delays Disease Onset and Mortality in Rhesus Monkeys. Science 325, 201 (2009).

2. Caloric restriction in humans. Exp Gerontol 2007 Aug;42(8):709-12.

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Um estudo liderado pela pesquisadora americana Sara Bleich avaliou o efeito no consumo de refrigerantes e sucos de frutas artificiais entre adolescentes após informações sobre a quantidade necessária de exercício para queimar as calorias oriundas destas bebidas.

Considerando uma bebida de 600 ml contendo 250 kcal (suco ou refrigerante), seria necessário correr durante 50 minutos ou caminhar 8 km para queimar este equivalente calórico.

Durante quase 1 ano, estas informações foram mostradas nas prateleiras das lojas de conveniência em Baltimore/EUA.

✔️ Os resultados foram bastante animadores: entre os adolescentes que visualizaram as informações sobre a quantidade de exercício para queimar as calorias provenientes destas bebidas açucaradas, houve uma redução significativa na compra destas bebidas e um aumento na troca por água ou refrigerantes diet.

✔️Surpreendentemente, estas mudanças no comportamento persistiram 6 semanas após a retirada das informações, mostrando um efeito persistente destas medidas.

✔️Estes resultados demonstram como as escolhas podem ser modificadas quando as pessoas entendem, através de exemplos práticos, a quantidade de calorias presente em um alimento.

?É sabido que cerca de 30% dos pacientes acima do peso subestimam o que comem.

✔️Dessa forma, estratégias que forneçam informações calóricas com analogias simples de compreender em menus de restaurantes, cantinas escolares, lojas de conveniência, por exemplo, podem contribuir para a aquisição de alimentos mais saudáveis.

Referência:

Reducing Sugar-Sweetened Beverage Consumption by Providing Caloric Information: How Black Adolescents Alter Their Purchases and Whether the Effects Persist. Am J Public Health 2014 Dec;104(12):2417-24

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Quinta, 09 Novembro 2017 15:30

Pré-diabetes: o inimigo oculto

DEFINIÇÃO

Pacientes que não preenchem critérios diagnósticos para o diabetes tipo 2 mas estão com os níveis de glicose acima do limite considerado normal são classificados com pré-diabetes, uma condição de maior risco de progressão para o diabetes.

IMPORTÂNCIA

Tendo em vista que os indivíduos com pré-diabetes são assintomáticos e que cerca de 25 a 50% destes desenvolverão diabetes tipo 2 dentro de 3 a 5 anos, a identificação e avaliação dos indivíduos de maior risco é fundamental!

Além disso, é importante o entendimento de que o pré-diabetes é uma condição de maior risco, mas não é uma doença em si!! Por isso, se as medidas cabíveis forem prontamente efetuadas no momento oportuno, o indivíduo poderá REVERTER esta condição, normalizando os níveis glicêmicos!

O pré-diabetes, assim como o diabetes melito tipo 2, está comumente associado à obesidade (especialmente visceral ou abdominal), dislipidemia (elevação dos triglicérides e/ou redução do colesterol HDL) e hipertensão arterial.

Pacientes com pré-diabetes apresentam também risco elevado de doenças cardiovasculares.

RASTREAMENTO

► Pacientes com excesso de peso (índice de massa corporal maior ou igual a 25 kg/m²) e mais um dos seguintes critérios estão em maior risco de pré-diabetes e diabetes tipo 2, devendo ser avaliados, independentemente da idade:
Pacientes classificados com pré-diabetes devem ser reavaliados anualmente!



DIAGNÓSTICO

► O diagnóstico pode ser feito por qualquer um dos seguintes métodos:

1. Glicemia de jejum entre 100 a 125 mg/dl

2. Curva glicêmica (sobrecarga com 75 gramas de glicose) entre 140 a 199 mg/dl

3. Hemoglobina glicada entre 5,7 a 6,4%

♦ Para todos os exames acima mencionados é importante ressaltar que existe um continuum de risco entre o intervalo considerado anormal. Por exemplo, indivíduos com uma hemoglobina glicada de 6,3% apresentam um risco muito maior de progressão para o diabetes quando comparados àqueles com níveis de 5,8%.

MANEJO ADEQUADO

Os dois maiores estudos epidemiológicos sobre estratégias para prevenção do diabetes (Finnish Diabetes Prevention Study e US Diabetes Prevention Program Research Group) reportaram a superioridade das modificações no estilo de vida em relação ao tratamento farmacológico na redução do risco de progressão para diabetes durante 3 anos de acompanhamento no grupo de indivíduos que perdeu peso com dieta e atividade física regular;

Para cada 1 kg de peso perdido, houve uma redução de 16% no risco de progressão para diabetes!!

Uma redução de 7% do excesso de peso associado a 150 minutos de exercícios semanais de moderada intensidade são capazes de reduzir em até 58% o risco de progressão para o diabetes!!

A metformina pode ser usada em pacientes de maior risco de evolução para o diabetes, quando as modificações no estilo de vida não normalizam a glicemia e/ou em indivíduos de maior risco de progressão para a doença!

Referências:

1. Prediabetes: a high-risk state for diabetes development. Lancet 2012 Jun 16;379(9833):2279-90

2. A1C level and future risk of diabetes: a systematic review. Diabetes Care 2010;33:1665–73.

3. Reduction in the incidence of type 2 diabetes with lifestyle intervention or metformin. N Engl J Med 2002; 346: 393–403.

4. Prevention of type 2 diabetes mellitus by changes in lifestyle among subjects with impaired glucose tolerance. N Engl J Med 2001; 344: 1343–50.

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A cirurgia bariátrica é a intervenção mais efetiva no longo prazo para o tratamento de pacientes portadores de obesidade grau 3, definida como um índice de massa corporal (IMC) ≥ 40 kg/m².

Entretanto, aproximadamente 10 a 20% dos pacientes apresentam um reganho significativo de peso após a cirurgia. Uma proporção ainda maior de recuperação do peso tem sido descrita por alguns estudos, chegando a 50% após a intervenção, especialmente naqueles com IMC pré-cirúrgico acima de 50 kg/m² (super-obesidade)!

O maior estudo epidemiológico realizado em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, o Swedish Obese Subjects (SOS) study, realizado na Suécia com 4047 pacientes, descreveu uma prevalência de 34% de reganho de peso em 10 anos após a derivação gastrojejunal em Y-de-Roux (cirurgia mais conhecida como bypass gástrico), um dos procedimentos mais comumente realizados.

Os fatores contribuintes para a falha na manutenção do peso perdido após a cirurgia provavelmente são multifatoriais, destacando-se cinco etiologias principais:

1. Má adesão à dieta – 25% dos casos

2. Inatividade física – 21% dos casos

3. Distúrbios psiquiátricos - 19% dos casos

4. Alterações anatômicas (dilatação da bolsa do estômago)

5. Adaptações hormonais

Má adesão à dieta

♦ O fator mais importante relacionado à falha na manutenção do peso no longo prazo refere-se à não adesão a uma alimentação equilibrada e saudável.

Vários estudos têm mostrado que o percentual de reganho de peso é muito maior entre os pacientes com uma dieta rica em lanches ultraprocessados, altamente calóricos e pobre em nutrientes, além da maior ingestão de bebidas açucaradas e de álcool.

♦ Além disso, é comum haver um aumento gradual da ingestão calórica após o procedimento cirúrgico. Conforme o estudo sueco acima descrito, os pacientes ingeriam cerca de 1500 kcal ao dia em 6 meses após a cirurgia, aumentando para 2000 kcal ao dia entre 4 a 10 anos de observação.

♦ É provável também que a cirurgia altere a saciação (sensação de plenitude secundária ao enchimento e distensão das paredes do estômago; é quando nos sentimos “cheios”), mas não a saciedade (definida como o intervalo entre o final de uma refeição e o início da refeição seguinte; é o tempo entre acabar de comer e voltar a sentir fome). Ou seja, a cirurgia faz com que o paciente coma pouco na refeição, mas não aumenta a saciedade entre as refeições.

Por isso, manter uma alimentação saudável, composta por alimentos de baixo índice glicêmico, isto é, com menor velocidade de absorção pelo organismo, gorduras insaturadas e com maior teor de proteínas, auxilia na manutenção de ambos, saciação e saciedade.

Inatividade física

♦ Infelizmente estima-se que apenas 20% dos pacientes mantenham-se fisicamente ativos após a cirurgia bariátrica!!! Baseado em auto-relatos, a prevalência de indivíduos engajados num programa regular de exercícios diminui após a cirurgia.

Aqueles pacientes que mantém uma rotina regular de exercícios (no mínimo 30 minutos, 3 a 4 vezes por semana) apresentam o menor risco de recuperação do peso após a cirurgia!

Distúrbios psiquiátricos

♦ É provável que pacientes com obesidade apresentem maior dificuldade no controle dos impulsos. Nesse sentido, pacientes com excesso de peso apresentam mais frequentemente transtornos de compulsão alimentar do que pacientes magros. Ainda, entre aqueles com reganho de peso, há um maior percentual de pacientes com comer compulsivo.

♦ Outro distúrbio descrito é o do “beliscador”, em que o paciente consome múltiplas pequenas refeições ao longo do dia com sentimento de perda de controle com a comida. A incidência deste distúrbio parece aumentar após a cirurgia, levando a um aumento do consumo calórico total no dia e consequentemente ao reganho de peso.

A terapia cognitivo-comportamental é fundamental no manejo adequado destes pacientes no pré e no pós-operatório.

Desequilíbrios hormonais

♦ Após a cirurgia bariátrica, é esperado que os níveis de grelina (hormônio responsável pela fome) reduzam, assim como os níveis do peptídeo YY e de GLP1 (hormônios responsáveis pela saciedade) aumentem.

Entretanto, em alguns pacientes, os níveis de grelina permanecem elevados e, com isso, os pacientes sentem mais fome.

♦ Ainda, alguns pacientes podem apresentar hipoglicemia reativa após a ingestão de carboidratos de alto índice glicêmico. A hipoglicemia em decorrência da liberação excessiva de insulina despertará fome precocemente após a refeição, levando o paciente a fazer lanches com maior frequência e com isso maior ingestão calórica total.

A adoção de uma alimentação com carboidratos de baixo índice glicêmico minimizará as flutuações da glicemia, atenuando a fome após a refeição.

Concluindo...

Tendo em vista que uma parcela significativa de pacientes recuperam grande parte do peso perdido após a cirurgia e que, embora a causa para este reganho seja multifatorial, sabemos que a má adesão a uma dieta equilibrada e saudável associada à manutenção do sedentarismo após o procedimento e aos transtornos psicológicos subjacentes, estes três fatores juntos explicam a maioria dos casos de recidiva do peso;

Nesse sentido, o entendimento de que a cirurgia não é curativa e sim mais uma ferramenta disponível para manejo do peso em pacientes com falha a outras opções de tratamento é fundamental;

Independentemente do tratamento proposto (cirúrgico ou farmacológico), a reeducação alimentar associada à prática regular de exercícios e à terapia cognitivo-comportamental constituem o tripé do tratamento da obesidade no longo prazo!

Principais fatores relacionados à recuperação do peso após a cirurgia



Referências:

1. Weight recidivism post-bariatric surgery: a systematic review. Obes Surg 2013 (23):1922–33.

2. Trends in weight regain following Roux-en-Y gastric bypass (RYGB) bariatric surgery. Obes Surg 2015 (25):1474–81.

3. Lifestyle, diabetes, and cardiovascular risk factors 10 years after bariatric surgery. N Engl J Med. 2004;351:2683–93.

 

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