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Conforme o Diabetes Prevention Program, um dos maiores estudos sobre este tema, houve uma redução de 58% no risco de diabetes tipo 2 nos pacientes que realizaram mudanças no seu estilo de vida em relação a uma redução de 30% no grupo de pacientes que recebeu metformina, uma medicação utilizada para controle da glicemia, durante aproximadamente 3 anos de acompanhamento.

As intervenções no estilo de vida tinham como objetivo:
- redução de 7% do peso inicial
- manter pelo menos 150 minutos de atividade física moderada

Quando cada meta foi avaliada individualmente, a perda de peso foi o principal preditor de redução na incidência de diabetes: para cada 1 kg de perda de peso, houve uma redução de 16% no risco de diabetes, conforme ilustrado na figura acima!

Dentre aqueles que conseguiram obter uma perda de peso superior a 7% combinada à meta de exercícios, a redução do risco foi superior a 90%!

Estes resultados reforçam o conceito de que não é necessário atingir um “determinado IMC ou peso ideal” para se obter benefícios em termos de saúde em geral. Neste estudo, indivíduos que conseguiram manter uma perda de 5 kg durante os 3 anos de acompanhamento apresentaram uma redução do risco de progressão para diabetes de 55%!

Já a prática regular de uma atividade física, além de contribuir para a manutenção de um menor peso no longo prazo, reduz o risco de diabetes independentemente da perda de peso!! 

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Para pacientes com sobrepeso (IMC ≥27 kg/m²) e doenças associadas ou para aqueles com obesidade (IMC ≥30 kg/m²), as opções atualmente disponíveis para perda de peso são: liraglutida (Saxenda®), sibutramina e orlistate.

A metformina é uma medicação classicamente usada para o tratamento do diabetes tipo 2. Nestes pacientes, além do seu efeito antidiabético, alguns pacientes podem apresentar uma perda de peso discreta.

Os estudos que avaliaram o efeito da metformina sob a perda de peso como desfecho principal em pacientes SEM DIABETES mostraram resultados nulos ou reduções pouco expressivas de peso, com perdas variando entre 0,5 até 2 kg em relação ao placebo.

Por isso, a prescrição de metformina como agente primário para perda de peso não foi aprovada pela agência americana reguladora de medicamentos (FDA, Food and Drug Administration). Da mesma forma, as principais sociedades mundiais, Endocrine Society e American Association of Clinical Endocrinologists, assim como a ANVISA não recomendam o uso de metformina como monoterapia para pacientes com obesidade sem complicações metabólicas, uma vez que seu uso para indivíduos sem resistência à ação da insulina está associado a uma perda inferior a 5% do peso!

A terapia com metformina pode ser uma opção razoável para indivíduos com pré-diabetes, uma condição associada a maior risco de evolução para o diabetes, que não responderam satisfatoriamente a outras intervenções para perda de peso!

Por fim, a prescrição de medicamentos não aprovados para tratamento da obesidade com vistas ao emagrecimento (uso off-label) deve ser sempre individualizada, realizada por médicos com experiência no manejo da doença, mediante consentimento do paciente.

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