O uso indiscriminado de polivitamínicos para prevenção de doenças crônicas ou para melhora do bem estar tem sido muito difundido entre a população em geral.
Estima-se que cerca de 40% da população americana faça uso de algum suplemento vitamínico.
Para avaliar a real eficácia da suplementação de vitaminas e minerais para a população em geral, diversos estudos tem sido publicados com resultados consistentemente mostrando ausência de benefício ou mesmo dano com tal prática.
Um dos maiores estudos avaliou o efeito da suplementação de polivitamínicos em mais de 400.000 participantes, não tendo mostrado benefício sobre a redução de mortalidade geral, doença cardiovascular ou câncer.
Outro estudo avaliou o efeito da suplementação de polivitamínicos em homens acima de 65 anos para prevenção de declínio cognitivo. Após 12 anos de acompanhamento, não houve diferença entre os pacientes que ingeriram o polivitamínico em relação àqueles que ingeriram placebo.
As evidências atuais, portanto, reforçam a falta de benefício da suplementação como forma de prevenção de doenças crônicas, câncer ou declínio cognitivo para pacientes bem nutridos. Ademais, o risco de intoxicação não deve ser desprezado.
O uso de polivitamínicos deve ser criterioso para um subgrupo da população em que o benefício comprovadamente supera quaisquer riscos.
Referência
1. Enough Is Enough: Stop Wasting Money on Vitamin and Mineral Supplements. Ann Intern Med. 2013;159(12):850-851
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