É uma doença que leva à perda de massa óssea e à fragilização do osso, aumentando o risco de fraturas.
Até os 30 anos o corpo consegue manter a massa óssea bem estruturada. A partir dos 30, o processo de reabsorção óssea começa a ficar maior que o de a produção de osso novo, o que ao longo de vários anos leva ao desenvolvimento da osteoporose.
A osteoporose além de reduzir a densidade mineral do osso, também causa distúrbios na sua arquitetura natural, contribuindo ainda mais para sua fragilidade.
Fatores de risco
1. Modificáveis:
dieta pobre em cálcio
consumo excessivo de álcool
tabagismo
sedentarismo
imobilização
menopausa precoce
2. Não modificáveis
sexo feminino
idade superior a 65 anos
história familiar de fratura
magreza excessiva
Doenças associadas a um maior risco de osteoporose
- Anorexia nervosa - Depressão
- Hipertireoidismo - Mieloma múltiplo
- Síndrome de Cushing - Doença de Crohn
- Anemia perniciosa (deficiência de vitamina B12)
Medicamentos associados a osteoporose
- Corticóides (cortisona) - Fenitoína
- Carbamazepina - L-Tiroxina (hormônio tireoidiano)
- Varfarina - Antidepressivos
- Metrotrexate - Furosemida
Clínica da Osteoporose
A osteoporose é uma doença silenciosa e só costuma causar sintomas em fases avançadas. Os principais são as dores ósseas, principalmente dor lombar, fraturas e redução da estatura por colapsos das vértebras da coluna.
A fratura do colo do fêmur é muito comum em indivíduos idosos. Quanto mais idoso for o paciente e mais grave for a osteoporose, maior o risco.
Além da fratura do colo do fêmur e das vértebras, também são comuns a fratura do punho e das costelas.
Diagnóstico de Osteoporose
O melhor teste para se fazer o diagnóstico de osteoporose é a densitometria óssea. Os resultados são fornecidos através da comparação com a densidade óssea de pessoas jovens (T-score ou desvio padrão)
Os critérios para osteoporose segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)
1. Densidade óssea normal = T-score entre 0 e -1
2. Osteopenia = T-score entre -1 e -2,5
3. Osteoporose = T-score menor que -2,5
Prevenção e tratamento
Os medicamentos mais usados são:
- Reposição de cálcio e Vitamina D
- Bifosfonados (alendronato, risedronato, ácido zoledrônico) - Devem ser tomados em jejum com pelo menos 1 copo cheio de água e não se deve deitar por pelo menos 1 hora devido ao risco de refluxo e esofagite
Além do tratamento com drogas, é importante implementar mudanças nos hábitos de vida. Deve-se abandonar o cigarro e evitar excesso de bebidas alcoólicas. Deve-se praticar exercícios físicos, incluindo musculação e dar preferência a alimentos como leite e derivados, legumes verdes, cereais, frutos secos e peixe.
Papel do cálcio
O cálcio é um dos responsáveis pela força e resistência dos ossos nas várias etapas da vida:
- na infância e na adolescência: fundamental para o crescimento do esqueleto;
- até os 25-35 anos: importante para a obtenção do pico de massa óssea;
- a partir dos 35 anos: necessário para repor a perda de osso que se começa a verificar;
- na gravidez e na amamentação as necessidades são maiores: cálcio para a mãe e para o bebê;
- após a menopausa: é necessário para evitar a perda rápida de osso secundária à queda dos estrógenos;
- depois dos 65 anos: a absorção pelo intestino é pior, sendo necessário ingerir mais cálcio.
O nosso corpo não consegue fabricar cálcio, por isso todo ele vem da alimentação (ou de suplementos).
Se faltar cálcio nas células ou no sangue o organismo vai buscá-lo ao armazém: o esqueleto.
Exercício físico e osteoporose
Uma vida ativa e a prática regular de exercício físico são muito importantes para a saúde dos ossos, em todas as fases da vida: durante o crescimento e até aos 30-35 anos ajudam a obter um bom pico de massa óssea e a partir dessa idade contribuem para que a perda óssea seja mais lenta ou estabilize.
O exercício ajuda a:
- manter a massa óssea e reduzir o risco de fratura;
- melhorar a força muscular e permitir uma melhor postura;
- melhorar o equilíbrio e diminuir o risco de queda;
- reduzir as dores crônicas da coluna;
- prevenir ou diminuir as deformações da coluna provocadas pela osteoporose.
Nem todos os exercícios são bons para quem tem osteoporose e não deve começar qualquer programa sem falar com o seu médico.
O exercício tem de ser individualizado, conforme a gravidade da osteoporose, a existência de outros problemas de saúde e a forma física do paciente.
Dicas para diminuir o risco de quedas:
• Corrija hábitos e atitudes que possam favorecer quedas;
• Torne a sua casa mais segura e à prova de queda, já que a maioria das quedas que provoca uma fratura acontece em casa;
• Faça regularmente uma avaliação da sua visão e da audição;
• Se estiver tomando medicamentos para a hipertensão e apresentando tonturas, informe ao seu médico;
• Levante-se e deite-se devagar para evitar ter tonturas;
• Escolha um calçado com solas não derrapantes e sem saltos altos;
• Evite andar em casa só com meias, principalmente em chão escorregadio;
• Evite usar chinelos que estejam largos ou sapatos com solas muito gastas;
• Sente-se enquanto veste as calças e as meias ou calça os sapatos;
• Pratique exercício: é bom para a massa óssea, fortalece os músculos, melhora a postura, a coordenação motora, a flexibilidade e os reflexos - é fundamental para evitar as quedas;
• Limite o consumo de bebidas alcoólicas: mesmo uma pequena quantidade de álcool pode ser prejudicial se já existir um deficiente equilíbrio e reflexos fracos;
• Na cozinha, sempre que puder trabalhe sentada (p.ex. ao descascar batatas ou arranjar legumes);
• Se tem animais de estimação tenha atenção para não tropeçar neles;
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