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Terça, 26 Março 2019 13:10

Obesidade - A Doença do Século Destaque

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A obesidade constitui uma doença crônica de causa complexa e multifatorial, resultante da interação entre fatores ambientais, psicossociais, hormonais e genéticos.

A prevalência de sobrepeso e obesidade tem mostrado um aumento progressivo nas últimas décadas em todo o mundo. No Brasil, conforme dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças entre 5 a 9 anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

Entre os adolescentes, houve um aumento de 18% e de 12% no peso de meninos e meninas, respectivamente, nas últimas três décadas. Entre os adultos brasileiros, aproximadamente 50% encontra-se acima do peso. Na região Sul, mais da metade da população adulta apresenta sobrepeso ou obesidade.

Conforme dados da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), Porto Alegre é a segunda cidade com a maior prevalência de obesidade do país: 54,1%, perdendo apenas para Cuiabá.

O índice de massa corporal (IMC), calculado dividindo-se o peso (em quilogramas) pela altura (em metros) elevada ao quadrado, é uma das ferramentas disponíveis para avaliação do grau de adiposidade geral com boa correlação com o risco de complicações crônicas relacionadas à obesidade.

Um IMC elevado constitui um fator de risco estabelecido para muitas causas de morte, incluindo doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, neoplasias de cólon, rim, endométrio e câncer de mama em mulheres na pós-menopausa. Além disso, indivíduos com obesidade apresentam aumento da mortalidade por todas as causas, sendo o risco proporcional ao aumento do IMC.

Tendo-se em vista que a obesidade constitui uma doença crônica, seu tratamento requer mudanças permanentes no estilo de vida, como a prática regular de atividade física associada a uma constante vigilância da ingestão alimentar. A manutenção do peso estável em longo prazo dependerá, portanto, do equilíbrio entre a ingestão e o gasto energético. Ademais, a terapia cognitivo-comportamental, baseada na análise e modificação de comportamentos disfuncionais associados ao estilo de vida do paciente, constitui outro componente fundamental durante a fase de indução e manutenção da perda de peso.

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Lido 393 vezes Última modificação em Quarta, 27 Março 2019 11:37

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