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Terça, 26 Março 2019 13:13

Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica - O que é? Destaque

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Doença hepática gordurosa não alcoólica, também conhecida como NASH, do inglês non alcoholic steato-hepatitis, refere-se à infiltração de gordura no fígado com ou sem inflamação comumente associada a condições como diabete tipo 2, resistência à ação da insulina e obesidade.

A doença hepática gordurosa não alcoólica tem uma prevalência estimada entre 6 a 35%, sendo maior nos países industrializados ocidentais onde os principais fatores de risco, como diabete, dislipidemia e obesidade central, são mais comuns.

Costuma ocorrer por volta da quarta e quinta décadas de vida, igualmente em ambos os sexos.

Postula-se que a doença gordurosa do fígado decorra de um estado de resistência insulínica (estado comumente visto em pacientes com obesidade visceral, hipertensão e diabete tipo 2).

A maioria dos pacientes é assintomática, sendo feito o diagnóstico por meio de exames de check-up. Alguns pacientes podem apresentar sintomas inespecíficos como mal estar, fadiga e desconforto no quadrante superior direito do abdome.

Quanto ao diagnóstico, sabe-se que o método de referência é a biópsia do fígado. Porém, é recomendada apenas em situações especiais.

Uma boa história clínica, em conjunto com exames de sangue e uma ecografia abdominal podem estabelecer um diagnóstico presuntivo. Entretanto, alguns pacientes podem ter os exames de sangue normais e a ecografia pode ter valor limitado em pacientes mais obesos.

Pacientes com suspeita de doença hepática gordurosa não alcoólica devem ser investigados para outras causas de lesão hepática, como hepatite por vírus B e C, uso abusivo de álcool, alguns fármacos e doença de deposição excessiva de ferro no fígado antes de firmar o diagnóstico.

E qual o risco de apresentar essa infiltração/inflamação no fígado? Pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica podem evoluir para cirrose num período variável de tempo. Além disso, indíviduos com esta doença apresentam maior risco de mortalidade por doença cardiovascular.

Alguns fatores de risco associados com maior chance de progressão da doença são:

● Idade acima de 50 anos

● Diabetes tipo 2

● Alterações histológicas compatíveis com fibrose na biópsia

● Índice de massa corporal acima de 28 kg/m²

● Circunferência abdominal aumentada

Quanto ao tratamento, a perda de peso constitui, até o momento, a única terapia com evidência de benefício e segurança na resolução e/ou melhora da doença.

Fonte:

1. Systematic review of risk factors for fibrosis progression in non-alcoholic steatohepatitis. Hepatology. 2007;45(4):846.

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Lido 1159 vezes Última modificação em Quarta, 27 Março 2019 11:34

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