Considerando que o surgimento do diabete melito tipo 2 decorre principalmente de um aumento da resistência à ação da insulina, estado associado à obesidade e ao sedentarismo, o tratamento inicial de todos os pacientes com diabete melito tipo 2 consiste em modificações do estilo de vida, com redução do peso, reeducação alimentar e atividade física. Uma perda inicial entre 5 a 10% do peso reduz significativamente o risco de complicações cardiovasculares.
Além das mudanças no estilo de vida, é recomendada uma medicação para otimização do tratamento. Existem diversos hipoglicemiantes orais (medicações que reduzem a glicemia) disponíveis, variando, entre eles, sobretudo em relação aos efeitos adversos, preço e efetividade no controle do diabete.
Na ausência de contra-indicações, a metformina (Glifage®) é a medicação inicial de escolha para a maioria dos pacientes. Esta medicação reduz a resistência à ação da insulina, podendo causar uma redução discreta de peso.
Nos pacientes com diabete melito tipo 2, o tratamento com metformina reduz o risco de complicações crônicas relacionadas à doença, como retinopatia e nefropatia (problemas visuais e renais, respectivamente), além de reduzir risco de morte por doença cardiovascular.
Os efeitos adversos mais comuns incluem diarreia, flatulências, gosto metálico na boca, náuseas e vômitos, que podem ser minimizados se a medicação for iniciada em doses menores com aumento progressivo ou se utilizada a formulação de liberação prolongada (Glifage® XR).
A associação de outras medicações orais ou insulina dependerá da avaliação inicial e do grau de descompensação do diabete melito tipo 2 ao diagnóstico.
Fonte: Standards of Medical Care in Diabetes 2014
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