A descoberta de nódulos na tireoide pode ser feita pelo paciente, pelo médico assistente ou durante exames de imagem realizados por outro motivo, tais como ecografia de carótidas, tomografia ou ressonância de coluna.
A prevalência de nódulos palpáveis em mulheres é de aproximadamente 5% e em homens de 1%, aumentando para até 70% em mulheres e idosos submetidos à ecografia cervical.
Diversas patologias podem cursar com nódulos. As mais comuns incluem: bócio multinodular, hipotireoidismo de Hashimoto e cistos. A importância clínica de se avaliar um nódulo na tireoide decorre da necessidade em se excluir um câncer, que ocorre em aproximadamente 5% dos pacientes com nódulos.
Alguns fatores associados a maior chance de malignidade incluem:
História de radioterapia da cabeça e pescoço
História familiar em parentes de primeiro grau com câncer de tireoide
Algumas síndromes genéticas
Rápido crescimento do nódulo
Disfonia (rouquidão)
Linfonodos cervicais ("inguas") no pescoço
A avaliação inicial em todos os pacientes com diagnóstico de nódulo na tireoide inclui uma ecografia da tireoide e exames laboratoriais. Se a ecografia apresentar sinais sugestivos de malignidade, uma punção guiada por agulha fina (PAAF) da tireoide é recomendada. Este é o método mais acurado para avaliação dos nódulos e para selecionar os pacientes que farão cirurgia.
O manejo do paciente com nódulos na tireoide vai depender do diagnóstico da doença tireoidiana. São candidatos à cirurgia aqueles com PAAF sugestiva de neoplasia ou com PAAFs repetidas com diagnóstico incerto. Também deve ser considerada a possibilidade de cirurgia para pacientes com múltiplos nódulos na tireoide que apresentem sintomas relacionados como falta de ar, dificuldade para engolir ou roquidão ou aqueles pacientes com nódulos com crescimento progressivo durante um período de observação.
Fonte: Thyroid nodules and differentiated thyroid cancer: update on the Brazilian consensus 2013. Arq Bras Endocrinol Metab. 2013;57(4):240-64
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