Introdução
Milho com manteiga e sal, empada de camarão e pastel de carne. Esses são, talvez, os alimentos mais consumidos na beira da praia durante o verão. O problema é que, além de muitos não serem saudáveis, podem causar uma indigestão devida à qualidade dos ingredientes e das condições em que os alimentos foram feitos.
Perguntas
1) Quais são os alimentos vendidos em quiosques menos indicados para o consumo?
É preciso ter cautela no consumo de alimentos consumidos em estabelecimentos como quiosques à beira-mar pela questão da obediência às boas práticas de fabricação estabelecidas pela ANVISA (Resolução RDC – nº216/2004) sobre a procedência dos alimentos, cuidados na higiene do preparo, armazenamento e distribuição aos veranistas. Procure evitar alimentos crus, à base de maionese ou saladas cruas que você não tenha certeza sobre os cuidados no preparo. Também evite batatas e pastéis fritos, camarão e peixes à milanesa, que, além do elevado valor calórico, são ricos em gordura. Vale lembrar que alimentos feitos com óleos reutilizados e sob altas temperaturas podem conter compostos tóxicos como a acroleína com potencial dano às células do organismo demonstrados em estudos em animais.
Dê preferência a iscas de peixe ou camarões grelhados, saladas de frutas, sanduíches naturais e picolés de fruta.
2) Ambulantes também carregam alimentos tentadores, como empadas, queijo coalho e camarão no espeto. Devem-se evitar os alimentos dessa procedência?
Estes alimentos, por ficarem expostos muitas vezes ao sol, em elevadas temperaturas, podem sofrer proliferação bacteriana com aumento do risco para intoxicações alimentares, uma condição caracterizada por náuseas, vômitos, dor abdominal, febre e diarréia. Ainda em relação ao queijo coalho e ao camarão, é preciso ressaltar que esses petiscos são calóricos, contêm uma grande quantidade de gordura saturada e sódio na sua composição. Então, especialmente pacientes em programas de reeducação alimentar, com aumento dos níveis de colesterol ou com hipertensão arterial, devem evitar esses alimentos.
3) O milho e a água de coco são as opções mais comuns dos banhistas. Eles podem ser consumidos sem culpa?
A água de coco é uma boa opção para manter a hidratação e a reposição de eletrólitos à beira-mar. Mas cuidado para quem está de dieta: é preciso ingeri-la com cautela, pois embora seja pouco calórica, contem carboidrato. Entretanto, se compararmos a sucos de frutas ou soja industrializados do tipo tetrapark, a quantidade de carboidratos desses sucos é aproximadamente o dobro em relação à água de coco. Então, a água de coco é uma opção mais saudável e menos calórica.
Já o milho verde, além de ser calórico, é um tipo de carboidrato de alto índice glicêmico, ou seja, um alimento que, após ingerido, tem uma rápida absorção pelo organismo causando fome novamente num período curto de tempo. Portanto, para quem está cuidando da alimentação, opções como frutas frescas ou desidratadas, algumas barrinhas de cereais, pistache e oleaginosas (como amendoim, amêndoas, nozes, castanhas do Pará e de caju) podem ser uma alternativa.
4) Levar comida de casa para a praia é uma boa opção para quem pretende passar longe dos quiosques e dos ambulantes?
Com certeza, levar lanches prontos e saudáveis em bolsas térmicas constituem uma ótima opção para quem quer cuidar do peso e economizar. Algumas opções incluem frutas frescas, sucos de frutas naturais minimamente calóricos como limão, morango, maracujá e acerola, mix de oleaginosas como amêndoas, avelã, castanha, nozes, amendoim e frutas secas como damasco, tâmaras e figo turco, além de cenouras baby, barrinhas de flocos de arroz e iogurtes light.
Fonte: Endocrinologista Milene Moehlecke
Cardeno Na Vitrini, Zero Hora
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