Pode tomar água antes das refeições? Ingerir 1 a 2 copos de água antes das refeições lhe ajudará a comer menos durante a refeição principal, tendo em vista que a ingestão de água previamente auxilia na sensação de saciedade, importante para pacientes que estão em um programa de emagrecimento. Já ingerir água durante a refeição não prejudica a digestão ou a absorção dos nutrientes, não "dilata" o estômago e não dilui o suco gástrico! Lembrando que a água pode ser com gás!
Você sabia que a realização regular de atividade física é capaz de melhorar a imunidade? Pessoas com sobrepeso e obesidade não só podem como devem continuar fazendo exercícios físicos durante a quarentena. Além de atuarem sobre o sistema imunológico, os exercícios ajudam no controle da ansiedade, além de minimizarem oscilações de peso nesse período!!
A pandemia atual pelo coronavírus (COVID-19) tem desafiado os sistemas de saúde do mundo todo. Embora a maioria dos casos tenha evolução leve, cerca de 15% dos pacientes apresentam evolução grave, sendo que 5% destes necessitarão de cuidados intensivos.
A partir de dados oriundos do Reino Unido, Estados Unidos e Espanha, tem-se observado que pacientes com excesso de peso apresentam maior risco de evolução para as formas graves da doença. A relação entre as duas doenças (infecção pela COVID-19 e obesidade) passou inicialmente despercebida no início da epidemia, provavelmente por ser a obesidade muito menos prevalente na China que em países como o Reino Unido e os Estados Unidos.
Pacientes com obesidade apresentam com maior frequência outras doenças metabólicas associadas ao excesso de peso, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e doença cardiovascular, todas mais frequentes entre pacientes com a forma mais grave de COVID-19. Além disso, a obesidade é fator de risco para infecções em geral e para evolução mais grave da infecção tendo em vista que estes pacientes apresentam uma capacidade ventilatória reduzida e maior dificuldade de tratamento das complicações respiratórias em unidades de tratamento intensivo.
Estes dados aumentam a preocupação quanto à pandemia em um país em que mais da metade da população está acima do peso, como no Brasil. Conforme dados nacionais do VIGITEL 2018, 56% da população apresenta sobrepeso (IMC maior ou igual a 25 kg/m²), enquanto 20% apresenta obesidade (IMC maior ou igual a 30 kg/m²).
Pacientes com obesidade mórbida, ou seja, com índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 40 kg/m², estão entre aqueles em maior risco, conforme declarado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Centro de Controle de Doenças americano.
Por isso, se você está acima do peso, redobre os cuidados de higiene e mantenha o isolamento social para reduzir as chances de contrair a infecção pelo COVID-19.
Referências
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/need-extra-precautions/groups-at-higher-risk.html
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/julho/25/vigitel-brasil-2018.pdf
Se você está em tratamento com medicamentos para obesidade, não páre com as medicações devido à pandemia pelo COVID-19! Não existem dados que suportem a diminuição da imunidade com as medicações para obesidade! Além disso, seu risco de recuperar o peso nesse momento de maior ansiedade e confinamento com a suspensão da medicação é grande!
Existe relação entre a vitamina D e a infeção pelo COVID-19?
Dados preliminares de um estudo mostraram uma associação entre pacientes infectados pelo coronavírus e menores níveis de vitamina D. Entretanto, este estudo não mostra relação de causalidade (será que os baixos níveis de vitamina D tornarão os pacientes mais suscetíveis à infecção?) tampouco avaliou se a reposição com a vitamina D melhorou a imunidade destes pacientes ou reduziu a gravidade da infecção. Por isso, até o momento, não há indicação de repor vitamina D com vistas à reduzir o risco de infecção por coronavírus! A única indicação VÁLIDA até o momento é fazer reposição para proteção da massa óssea em pacientes selecionados!!
Pessoas com diabetes vulneráveis e que provavelmente terão resultados piores se contraírem COVID-19 são aquelas com longa história de diabetes, mau controle metabólico, presença de complicações e doenças concomitantes e especialmente os idosos (>60 anos), independente do tipo de diabetes. O risco de complicações na pessoa com diabetes bem controlado é menor, tanto para o diabetes tipo 1 quanto para o tipo 2.
Como o controle glicêmico é a chave para o sucesso, monitorar frequentemente sua glicemia e ajustar medicações em geral ou insulinas – sempre com orientação médica – são procedimentos que podem prevenir complicações não apenas desta nova virose como também do próprio diabetes!
Coronavírus e imunidade!!
Uma boa noite de sono, a realização regular de exercícios físicos e uma alimentação saudável são alguns dos fatores associados a uma melhora do nosso sistema de defesa do organismo. Fortalecer a nossa imunidade não impede o contágio nem é garantia de cura à doença, mas ajuda o sistema imunológico a estar pronto para enfrentar o vírus.
Uma alimentação balanceada, que inclua uma variedade de frutas, legumes e vegetais é importante para fortalecer nosso sistema imunológico.
Importante frisar que os difundidos “shots para imunidade”, soroterapia ou o consumo de qualquer alimento isoladamente não melhora a imunidade tampouco é capaz de evitar a transmissão pelo vírus.
Nesta semana, a locarsserina (Belviq®), medicamento aprovado para perda de peso e em vigência no mercado brasileiro desde outubro de 2019, teve sua venda suspensa após uma revisão de dados do estudo clínico CAMELLIA-TIMI 61, realizado com 12 mil pacientes por até cinco anos, que documentou um desequilíbrio entre o número de pacientes com neoplasias com o uso prolongado da medicação (a incidência foi de 7,7% no grupo Lorcasserina versus 7,1% no grupo placebo, ou seja, um aumento absoluto de 0,6% no grupo que recebeu a medicação).
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