A água com gás contém mais sódio? MITO. O processo de gaseificação da água não contempla a adição de sódio. A quantidade de sódio varia de acordo com as diferentes marcas de água mineral. Conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Indústria de Água Mineral (ABINAM), o teor de sódio entre as 13 marcas analisadas variou de 6 a 100 mg/L, sendo essa variação dependente de caraterísticas do solo e da profundidade do aquífero de onde a água é extraída. E, antes que surjam preocupações excessivas, considerando a marca com maior teor de sódio, o consumo de uma garrafa de 500 ml corresponde a apenas 2% das necessidades diárias deste mineral!
Você sabia que a adoção da dieta mediterrânea, que consiste no consumo regular de frutas e vegetais, grãos, carboidratos integrais, oleaginosas, azeite de oliva e peixe tem mostrado efeito protetor contra todos os estágios da doença hepática gordurosa não alcoólica, incluindo redução do risco de cirrose e câncer de fígado?
Quando o assunto é hidratação, é comum muitos questionamentos quanto ao consumo de água com gás!
A água com gás é produzida a partir da adição de dióxido de carbono (CO2) sob pressão, resultando em uma água gaseificada contendo ácido carbônico, que é um ácido fraco.
A seguir, confira as dúvidas mais frequentes sobre o consumo de água com gás!
VERDADE. De acordo com um estudo realizado para avaliar o poder de hidratação de diferentes bebidas, o consumo de água com ou sem gás produziu o mesmo grau de hidratação quando ingeridas nas mesmas quantidades.
MITO. O processo de gaseificação da água não contempla a adição de sódio. A quantidade de sódio varia de acordo com as diferentes marcas de água mineral. Conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Indústria de Água Mineral (ABINAM), o teor de sódio entre as 13 marcas analisadas variou de 6 a 100 mg/L, sendo essa variação dependente de caraterísticas do solo e da profundidade do aquífero de onde a água é extraída. E, antes que surjam preocupações excessivas, considerando a marca com maior teor de sódio, o consumo de uma garrafa de 500 ml corresponde a apenas 2% das necessidades diárias deste mineral!
VERDADE. O consumo de água, com ou sem gás, especialmente antes ou durante as refeições, contribui para uma menor ingestão de calorias em decorrência da maior sensação de saciedade. Especificamente em relação à água gaseificada, estudos com pequeno número de participantes sugerem que a ingestão regular desta água pode contribuir para o controle do peso uma vez que a leve distensão abdominal induzida pelo gás associa-se a maior sensação de plenitude.
Além disso, a ingestão de água com gás, bebida livre de açúcares e calorias, pode ser um incentivo àqueles que estão tentando reduzir ou parar com o consumo de refrigerantes.
MITO. Embora a água com gás tenha um pH ligeiramente menor em relação à água sem gás, as evidências disponíveis até o momento não sugerem um potencial erosivo ao esmalte dentário, diferentemente das águas saborizadas artificialmente e dos refrigerantes, que possuem um pH mais ácido.
Ref. Am J Clin Nutr 2016 Mar;103(3):717-23
Doença hepática gordurosa não alcoólica, popularmente conhecida como "gordura no fígado", representa a doença hepática mais comum no mundo.
Aproximadamente 25% da população apresenta esta condição, podendo chegar a 50% em pacientes com diabetes tipo 2 e a 90% naqueles com obesidade. Pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica estão em maior risco de progressão para as formas graves da doença e também o câncer de fígado.
Seu surgimento está intimamente relacionado a um padrão de dieta ocidental, representada pelo consumo de alimentos pobres em fibras e ricos em carboidratos refinados, ultraprocessados, laticínios integrais, refrigerantes e carne vermelha.
Por outro lado, a adoção da dieta Mediterrânea, que consiste no consumo regular de frutas e vegetais, grãos, carboidratos integrais, oleaginosas, azeite de oliva e peixe tem mostrado efeito protetor sobre todos os estágios da doença hepática gordurosa não alcoólica, incluindo redução do risco de cirrose e câncer de fígado.
Além da adoção da dieta Mediterrânea, diversos estudos têm demonstrado que o consumo de café filtrado (e não o espresso) também apresenta efeito hepato-protetor! Essa diferença entre o benefício visto com café filtrado mas não com o espresso provavelmente decorra do fato de o café espresso conter maior quantidade de sacarose, um açúcar que é quebrado em glicose e frutose, sendo a frutose em excesso associada à fibrose hepática.
Interessante também que outras bebidas cafeinadas, como chá verde ou preto, não demonstraram o mesmo benefício visto com o café. É provável que os mais de 100 compostos presentes no café atuem em sinergismo para fornecer estes benefícios descritos sobre o fígado!
Portanto, o consumo regular de 2 a 3 xícaras de café filtrado por dia deve ser encorajado em pacientes em risco de ou já com doença hepática instalada!!
Dra Milene Moehlecke
Endocrinologista e Metabologista
CRM-RS 33068 RQE 25181
Você sabia que uma dieta rica em potássio pode acarretar uma diminuição de aproximadamente 5 mmHg na pressão sistólica e 3 mmHg na diastólica? E esse efeito hipotensor pode ser potencializado quando ocorre uma redução simultânea da ingestão de sódio, que idealmente deve ficar em 5 gramas de sal por dia (ou 2 gramas de sódio).
O uso de biotina em fórmulas para fins cosméticos, como para melhora do cabelo e das unhas, tem sido cada vez mais comum.
A biotina é uma vitamina do complexo B, também conhecida como vitamina B7, que, quando em altas concentrações, pode interferir na dosagem de diversos hormônios, incluindo aqueles que avaliam o funcionamento da tireoide.
Na maioria das vezes, a alteração simula um quadro de hipertireoidismo, com valores suprimidos de TSH e elevados de T4 livre. No entanto, em alguns casos também pode ocorrer um aumento dos níveis de TSH, sugerindo um quadro de hipotireoidismo. Os pacientes que apresentam estas alterações nos testes de função tireoidiana são completamente assintomáticos, uma vez que a interferência é apenas na análise laboratorial e não no funcionamento da glândula.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Importante destacar que a ingestão usual de biotina através da dieta não é suficiente para interferir na avaliação hormonal, apenas quando utilizada em doses elevadas através de suplementos ou fórmulas. Nestes casos, recomenda-se que estes sejam interrompidos por 72 horas antes da coleta dos exames.
Em todos os casos, converse com o seu endocrinologista antes de realizar qualquer avaliação hormonal!
Dra Milene Moehlecke
Endocrinologista e Metabologista
CRM RS 33068 RQE 25181
O acúmulo da gordura corporal ocorre em diferentes lugares, promovendo riscos distintos à saúde.
A gordura visceral está localizada entre os órgãos da cavidade abdominal. Os homens tendem a ter mais este tipo de gordura.
Já a gordura subcutânea é aquela mais superficial, que recobre a musculatura abdominal, quadril e coxas. As mulheres em idade reprodutiva têm mais tendência a esse desse tipo de gordura devido ao hormônio estrogênio. Após a menopausa o acúmulo de gordura visceral se intensifica.
As complicações metabólicas associadas ao excesso de peso, tais como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão e síndrome metabólica, estão intimamente relacionadas à quantidade de gordura visceral!!
E qual a melhor estratégia para eliminá-la?
A perda de peso obtida com a combinação de dieta mais atividade física diminui a gordura visceral mais rapidamente e em maior proporção em relação à gordura subcutânea.
Quando avaliados separadamente, uma perda de 5% do peso através de dieta reduz a gordura visceral em 13%, enquanto com exercício a perda alcança 21%!
O exercício é capaz de induzir uma redução clinicamente relevante da gordura visceral mesmo em indivíduos que não apresentam perda de peso, promovendo redução do risco cardiovascular e melhora dos parâmetros metabólicos independente da perda de peso!
Já pacientes que realizam apenas dieta para perda de peso perdem mais massa magra e menor percentual de gordura visceral enquanto aqueles que aliam o exercício à dieta apresentam uma menor perda de massa muscular e maior perda de gordura visceral.
E aí, gostou da notícia?! Que tal aproveitar o final do ano para repensar as suas prioridades e incluir uma atividade física prazerosa na sua rotina?
Dra Milene Moehlecke
Endocrinologista e Metabologista
CRM-RS 33068 RQE 25181
Obes Rev. 2016 Aug;17(8):664-90.
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