(51) 99600-2233   |      contato@endocrinologistamilene.med.br   |   

Artigos

Uma infinidade de suplementos dietéticos são produzidos e lançados diariamente na mídia com a promessa de perda de peso instantânea, sem esforço.Apenas para citar alguns exemplos temos diversos tipos de chás, quitosana, picolinato de cromo, óleo de coco, goma guar, shakes substitutos de refeição, L-carnitina, suplementos contendo piruvato, ácido linoleico conjugado, dentre muitos outros.Todos esses suplementos não foram mais efetivos que o placebo nem para promoção nem para manutenção da perda de peso nos estudos avaliando a sua eficácia.Além de não serem superiores ao placebo, o que preocupa são os efeitos adversos com o uso desses suplementos, aparentemente inócuos à saúde.A goma guar, por exemplo, é uma fibra derivada da semente da Cyamoposis tetragonolobus, uma planta cultivada na Índia, usada para alimentação do gado e como espessante e fibra alimentar em humanos. Tal fibra foi lançada no mercado com a promessa de perda de peso pelo aumento da saciedade, por lentificar o trânsito intestinal. Além de não promover a perda de peso, a goma guar tem sido associada a uma série de paraefeitos indesejáveis como flatulência, dor abdominal e diarréia.Alguns shakes substitutos de refeição, mundialmente vendidos para perda de peso, têm sido associados a casos de hepatite fulminante e necessidade de transplante hepático.Muitos desses suplementos não são rigorosamente monitorados quanto aos paraefeitos. A maioria dos estudos com uso dessas preparações é de pobre qualidade e não menciona questões relacionadas à…
Compartilhe nas redes sociais:
Segunda, 02 Fevereiro 2015 14:21

A forma acima de tudo

O uso de drogas anabolizantes, tais como derivados sintéticos da testosterona, hormônio do crescimento e insulina, com o objetivo de ganho de massa e de força musculares tem crescido significativamente entre atletas amadores.A prevalência do uso de anabolizantes é maior em homens (6,4%) do que em mulheres (1,6%) e entre atletas amadores faz uso ilícito de drogas para melhora da aparência física, sendo 20 anos a idade média aproximada de início.Além disso, até um terço dos usuários desenvolvem dependência, sendo a maioria homens ou pessoas com algum outro transtorno psiquiátrico associado (ansiedade, depressão ou outra dependência química).Os efeitos adversos podem ocorrer em qualquer momento durante o uso dessas drogas; alguns inclusive com efeito irreversível (engrossamento da voz em mulheres).Abaixo, uma lista das principais complicaçõesCOMPLICAÇÕES DECORRENTES DO USO DE ANABOLIZANTES *Cardiovasculares Doença arterial coronariana Redução do colesterol bom (HDL) e aumento do colesterol ruim (LDL) Hipertensão *Infecções HIV, hepatite B e C (se uso de agulhas contaminadas) Artrite séptica *Musculoesqueléticas Ruptura de tendão *Fígado Hepatoma Peliose hepática (inúmeros cistos hepáticos preenchidos com sangue) Icterícia *Alterações psiquiátricas Distúrbios do humor, agressão, violência Dependência *Homens Hipogonadismo Ginecomastia Acne Aumento do risco de câncer de próstata (?), hiperplasia prostática *Mulheres Acne Alterações menstruais Virilização (hirsutismo, aumento do clitóris, engrossamento voz) Fonte: Use of androgens and other hormones by athletes (UpToDate)
Compartilhe nas redes sociais:
Quinta, 15 Janeiro 2015 14:20

Obesidade e o risco de câncer

Tanto a obesidade quanto o excesso de gordura visceral (abdominal) constituem fator de risco estabelecido para uma série de complicações como hipertensão, diabete, doença hepática gordurosa, aumento dos níveis de colesterol, dentre outras.Diversos estudos têm mostrado uma clara associação entre obesidade com determinados tipos de câncer. Além disso, a obesidade pode piorar a evolução da doença em pacientes com excesso de peso. O mecanismo subjacente a esse aumento de risco não está completamente elucidado; postula-se que a inflamação crônica e persistente que ocorre em indivíduos assintomáticos com excesso de peso assim como a resistência à ação da insulina, também mais comum em pacientes com obesidade, possam estar implicados no processo.Recentemente um grande estudo populacional investigou a associação entre o índice de massa corporal (IMC*) com o risco de câncer em homens e mulheres adultos no Reino Unido.Foram mais de 5 milhões de pacientes acompanhados entre 1987 a 2012.O IMC foi associado a um maior risco de câncer em 17 dos 22 tipos de câncer analisados.Para cada aumento em 5 kg/m² no IMC houve um aumento linear no risco de câncer de colo de útero, bexiga, rim, tireoide e leucemia.Conforme dados desse estudo, 41% dos cânceres de colo de útero e pelo menos 10% dos cânceres de bexiga, rim, fígado e cólon poderiam ser atribuídos ao excesso de peso.Um aumento de apenas 1 kg/m² no IMC, mesmo em pacientes com IMC…
Compartilhe nas redes sociais:
Terça, 26 Março 2019 13:19

Hiperprolactinemia x Prolactinoma

Hiperprolactinemia refere-se ao aumento sérico da prolactina (hormônio responsável pela amamentação) podendo ocorrer por diversos fatores fora da gestação.Dentre as causas mais comuns desse distúrbio, destacam-se o uso de medicações (mais comum), doenças sistêmicas como cirrose, insuficiência renal, epilepsia, tumores no sistema nervoso central, síndrome dos ovários policísticos, dentre outros (detalhes na tabela abaixo).O prolactinoma consiste em um tumor, na grande maioria das vezes com comportamento benigno, originário de células produtoras de prolactina na hipófise (uma glândula localizada no cérebro responsável pela produção de diversos hormônios associados ao crescimento, desenvolvimento sexual e à produção de cortisol). Esse tumor cursa com aumento dos níveis de prolactina, podendo ser assintomático ou causar sintomas como galactorréia (saída de leite pela mama), diminuição da libido, alterações menstruais, infertilidade, alterações visuais e dor de cabeça conforme seu tamanho.Raramente são hereditários ou associados a outras síndromes endocrinológicas.Até o momento, não existem fatores de risco definidos para o seu surgimento.Por fim, o prolactinoma costuma responder de forma bastante favorável ao tratamento farmacológico.
Compartilhe nas redes sociais:
Terça, 26 Março 2019 13:18

Alimentos ultraprocessados

Alimentos ultraprocessados consistem de formulações industriais feitas inteiramente ou majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas como petróleo e carvão (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes).Exemplos incluem biscoitos recheados, salgadinhos “de pacote”, refrigerantes, pós para refrescos, sopas em pó e macarrão “instantâneo”.Alimentos ultraprocessados são nutricionalmente pobres e altamente calóricos.Além disso, tendem a não levar à saciedade imediata após sua ingestão, fazendo com que sejam ingeridos em grandes quantidades. Por possuírem maior teor de gordura e açúcar, despertam no consumidor uma dependência química quando ingeridos de forma recorrente.Por serem esses alimentos mais baratos, de fácil consumo, pois não requerem tempo para seu preparo nem lugar específico para seu consumo, além de serem produzidos e embalados em grandes quantidades, constituem um problema grave como causa da obesidade e suas complicações associadas (diabetes, hipertensão, colesterol elevado) em países emergentes como o Brasil. Referência: Guia Alimentar para a População Brasileira 2014
Compartilhe nas redes sociais:
Pagina 23 de 27

  R. Dona Laura, 333/ 906, Moinhos de Vento - Porto Alegre/ RS  |     (51) 99600-2233  |    contato@endocrinologistamilene.med.br

© 2024 Dra. Milene Moehlecke. Desenvolvido por Informatiza Soluções Empresariais em parceria com a Agência Digital Public