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Artigos

Há mais de uma década, estudos realizados em animais têm demonstrado as consequências do uso de adoçantes, a maioria sob a forma de refrigerantes diet, zero ou outras bebidas adoçadas artificialmente, sobre a ingestão alimentar e o controle do peso.As evidências oriundas de estudos em animais expostos a uma ingestão regular de bebidas adoçadas artificialmente com sacarina, sucralose, acessulfame de potássio e aspartame, por exemplo, mostram uma série de efeitos indesejáveis sobre o peso, a composição corporal e o perfil metabólico, como:1.Maior consumo de alimentos; 2.Menor termogênese após uma refeição, isto é, menor gasto calórico para a digestão do alimento; 3.Maior ganho de peso; 4.Maior percentual de gordura corporal, sobretudo abdominal (visceral); 5.Maior glicemia de jejum e hiperinsulinemia (mecanismos relacionados ao surgimento do diabetes tipo 2).Já os resultados de estudos realizados em humanos não são uniformes em relação aos efeitos dos adoçantes artificiais sobre o peso e alterações metabólicas.As evidências atuais sugerem que usuários regulares de adoçantes apresentam maior ganho de peso, sobretudo maior aumento da circunferência abdominal, e maior risco de complicações metabólicas relacionados ao excesso de peso, como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, doença coronariana, acidente isquêmico transitório, depressão, dentre outros.Estes achados permaneceram significativos mesmo após o controle de possíveis fatores confundidores das análises como peso no início do estudo, prática de atividade física, ingestão de bebida alcoólica, etc.Vários são os mecanismos responsáveis por tais efeitos adversos:1.Redução na…
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Sexta, 24 Junho 2016 13:45

Hipertireoidismo

Hipertireoidismo corresponde ao funcionamento exagerado da glândula tireoide com manifestações clínicas secundárias à produção hormonal excessiva.Pacientes com hipertireoidismo franco costumam apresentar uma constelação de achados clássicos, como tremor nas mãos, palpitações, intolerância ao calor, aumento da sudorese, perda de peso com apetite normal, aumento da ansiedade, labilidade emocional, fraqueza intensa, dentre outros.Já pacientes com hipertireoidismo leve podem apresentar sintomas mais brandos, restritos a uma ou poucas áreas do organismo.Todo paciente com perda de peso sem causa aparente, distúrbios menstruais, ginecomastia (aumento da glândula mamária em homens) e arritmia cardíaca (por fibrilação atrial) deveria ser avaliado para a possibilidade de hipertireoidismo.Em idosos, predominam os sintomas relacionados ao coração e ao pulmão, como palpitação e falta de ar aos esforços.As principais causas incluem:1.Doença de Graves (doença autoimune da tireoide) 2.Adenoma de Plummer (nódulo único de funcionamento autônomo, levando a maior produção de hormônios pela glândula, independente de outros estímulos sobre a tireoide) 3.Bócio multinodular tóxico (tireoide com múltiplos nódulos com funcionamento autônomo)A avaliação inicial inclui dosagens dos hormônios que regulam a tireoide (TSH, hormônio estimulador da tireoide ou, do inglês thyroid-stimulating hormone) e dos hormônios produzidos pela tireoide (T4 e T3).O diagnóstico pode ser estabelecido na maioria das vezes com base na apresentação clínica, nos achados ao exame físico, associados aos exames hormonais.Quando a avaliação inicial não permite identificar a causa subjacente, exames adicionais podem ser realizados, como a captação de iodo…
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Grande parte do aumento na prevalência de sobrepeso (IMC ≥ 25 kg/m²) e obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²) tem ocorrido pelo consumo alarmante de alimentos densamente energéticos e altamente palatáveis, normalmente alimentos de menor custo, maior durabilidade (menos perecíveis) e de maior praticidade, como aqueles contidos em lanches rápidos (doces, folhados, bolachas recheadas, guloseimas em geral) e refrigerantes.Tendo em vista tal tendência, muitos estudos têm procurado avaliar qual a dieta ideal para tratamento da obesidade: dietas com pouco carboidrato versus dietas com menos gordura versus dietas hiperproteicas, por exemplo.Nas dietas com pouco carboidrato, conhecidas como (“Low-carb”), o maior percentual de energia da dieta deriva de proteínas e gorduras, com restrição variável à quantidade de carboidratos. Tais dietas tem sido amplamente defendidas por mostrarem maior redução de peso em curto prazo (primeiros seis meses). Entretanto, a perda de peso com estas dietas em relação às demais ao final de 1 ano ou mais de tratamento são bastante semelhantes.Para avaliar se as dietas “low carb” modificam a composição corporal (percentual de massa gorda), uma revisão avaliou 14 estudos que foram publicados sobre o tema, totalizando 1416 pacientes com obesidade.Os resultados mostraram que as dietas com pouco carboidrato levaram à maior redução de peso e também à maior redução de massa gorda dentro de um ano. Interessante nessa revisão é o fato de que após 12 meses de dieta, a redução da massa…
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Quarta, 18 Maio 2016 13:37

Menos açúcar, mais saúde

Conforme dados da pesquisa nacional VIGITEL, um a cada 5 brasileiros consome doces e refrigerantes em excesso, sendo maior o percentual entre adultos com menos de 30 anos.Ainda conforme a mesma pesquisa, a frequência de consumo regular de frutas e hortaliças é de apenas 36,5%, sendo menor em homens (29%) e em jovens.Atualmente, 1 a cada 2 brasileiros está acima do peso. O problema é maior entre aqueles com menor escolaridade (0 a 8 anos de estudos) em relação àqueles com 12 ou mais anos de estudo.Os americanos lideram o ranking com a maior prevalência de adultos com excesso de peso: 2 a cada 3 americanos. Entretanto, o percentual de pessoas acima do peso nos últimos anos tem crescido de forma mais pronunciada nos países em desenvolvimento, como o Brasil.A obesidade é fator de risco reconhecido para uma série de doenças incluindo diabetes, hipertensão arterial, doença coronariana, acidente isquêmico cerebral, dentre outros.Além disso, 8,5% da população mundial é portadora de diabetes, sendo a média nacional de 7,4%. Porto alegre é a segunda capital com a maior prevalência de diabetes, com uma média de 8,7%.Em 2016, o Departamento de Saúde Americano desenvolveu um material (diretriz) com orientações nutricionais para auxiliar os americanos nas escolhas para uma alimentação mais saudável.Abaixo, confira algumas dicas importantes:1.Consuma menos de 10% das calorias sob a forma de açúcares adicionadosAçúcares adicionados ou em adição são aqueles acrescentados…
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Domingo, 01 Maio 2016 13:36

Mais é Menos

A inatividade física é um conhecido fator de risco modificável que contribui para uma série de doenças responsáveis pelo aumento da mortalidade geral.Conforme estatísticas mundiais, um a cada 3 adultos e quatro a cada 5 adolescentes não fazem atividade física conforme as recomendações.A realização de atividade física de forma regular é fundamental para a prevenção e tratamento de diversas doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, doença coronariana e a sarcopenia (perda de massa muscular) relacionada à idade.O exercício pode ser classificado em 2 modalidades distintas: 1. aeróbico e 2. resistido, com respostas metabólicas distintas.Exercício aeróbico consiste em exercícios de maior duração, repetitivo e de baixa resistência, como ciclismo, corrida e natação. Já o exercício resistido engloba exercícios de curta duração, intensidade máxima ou submáxima, alta resistência e com poucas repetições, como a musculação.Embora ambas as modalidades forneçam benefícios em diversos aspectos relacionados à saúde, os efeitos predominantes de cada tipo de exercício são descritos abaixo (Tabela).Por exemplo, o exercício aeróbico mais efetivamente reduz os fatores de risco cardiovascular, enquanto o exercício resistido melhora de forma mais importante a taxa metabólica de repouso, a massa magra e a capacidade para realização de exercícios em pacientes mais idosos. Entretanto, uma combinação de ambos os tipos de exercício parece mais efetiva para a redução da resistência à ação da insulina (responsável pelo surgimento do diabetes tipo 2) e para o controle…
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