É sabido que o excesso de peso está associado a um aumento importante no risco de diversas condições, como apneia do sono, doença hepática gordurosa não alcoólica (“gordura no fígado”), diabetes tipo 2, dislipidemia, hipertensão arterial, doença cardíaca e isquemia cerebral.A obesidade associa-se a maior mortalidade geral, mesmo quando o indivíduo não apresenta alterações metabólicas óbvias (mito do “gordinho saudável”).A perda de peso, mesmo que discreta (5% do peso inicial), é capaz de reduzir todos os desfechos acima mencionados. Ainda, sabemos que a magnitude de melhora é proporcional ao peso perdido, ou seja, quanto maior a perda, maior a redução de risco.Apesar dos benefícios inquestionáveis sobre a saúde em geral, porque é tão difícil manter a perda de peso no longo prazo?Sabemos que cerca de um terço das pessoas que perdem peso o recuperam ao final do primeiro ano de tratamento.A obesidade resulta, em última análise, de um desequilíbrio energético crônico, ou seja, um maior consumo (sobretudo de alimentos ultraprocessados) associado a um menor gasto calórico (sedentarismo).Quando um balanço energético negativo é instituído por meio de uma redução na ingestão calórica (dieta) e/ou aumento da atividade física (gasto calórico), uma série de adaptações metabólicas e mecanismos compensatórios são ativados, de acordo com a magnitude e a duração da restrição calórica. Aliados aos fatores intrínsecos do organismo, uma redução na adesão à dieta somado à falha na manutenção da atividade física…
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