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Artigos

Com o aumento crescente na incidência de obesidade e diabete, muito se tem pesquisado sobre a contribuição de outros fatores além da genética. Estudos recentes (últimos 6 anos) têm sugerido, a partir de experimentos realizados em animais, a importância da composição alterada assim como da diversidade da microbiota do intestino na predisposição à obesidade e diabete.Em relação à microflora intestinal, é provável que a sua composição difira entre indivíduos magros e obesos. Nascemos com um tipo de microflora que tende a permanecer relativamente constante no decorrer da vida. Fatores como tipo de alimentação, doenças e o ambiente, entretanto, podem interferir na composição da flora.A microflora intestinal é importante para facilitar a extração de calorias dos alimentos e posterior armazenamento no tecido adiposo. Pacientes com obesidade poderiam absorver de forma mais pronunciada os nutrientes após uma refeição em relação aos pacientes magros devido à composição alterada da flora intestinal.Em um estudo realizado com ratos, aqueles criados convencionalmente ganharam mais massa gorda (40% a mais) em comparação aos camundongos criados sem a flora intestinal (criados em laboratório) mesmo sem aumento da ingestão calórica diária. O aumento na composição de gordura corporal foi associado ao aumento da resistência insulínica, síndrome metabólica e diabete melito.Estudos avaliando o tratamento com antibióticos têm mostrado uma redução na incidência de diabete em ratos obesos suscetíveis, provavelmente por reduzir a inflamação gerada por determinados tipos de bactérias que…
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Terça, 26 Março 2019 13:16

Ginecomastia: Será que tenho?

O termo ginecomastia refere-se à proliferação de tecido glandular mamário em homens. Clinicamente, ocorre um aumento das mamas, comumente assintomático.Pode ser fisiológica, resolvendo-se espontaneamnete na maioria dos casos, ou patológica, associada a uma condição como doença, medicações ou uso de drogas/anabolizantes.A ginecomastia decorre de um desequilíbrio entre os níveis de hormônios sexuais que atuam sobre o tecido mamário.Das causas fisiológicas, destacam-se a ginecomastia no recém nascido por transferência de hormônios femininos da mãe para o feto, em adolescentes durante a puberdade e em homens com maior idade, pela redução relacionada à idade dos níveis de testosteronaDentre as causas patológicas, a ginecomastia associada a medicações é a mais frequente. Outras causas incluem cirrose, desnutrição, tumores testiculares, hipertireoidismo, insuficiência renal crônica, drogas como maconha e anabolizantes.O diagnóstico é baseado no exame físico, com evidência de massa palpável abaixo da aréola, podendo ser uni ou bilateral.É importante a diferenciação entre ginecomastia verdadeira com pseudo-ginecomastia que ocorre em pacientes com excesso de peso; nesses casos, ocorre aumento da mama às custas de maior tecido gorduroso e não mamário.É importante também diferenciar ginecomastia de outras massas na mama, como câncer de mama.O tratamento vai depender do tempo de evolução da ginecomastia bem como da presença de sintomas. Normalmente, pacientes com ginecomastia com pouco tempo de evolução respondem melhor à terapia farmacológica. Diversas técnicas cirúrgicas podem ser realizadas para aqueles com maior tempo de doença ou…
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Terça, 26 Março 2019 13:15

Nódulos na Tireoide

A descoberta de nódulos na tireoide pode ser feita pelo paciente, pelo médico assistente ou durante exames de imagem realizados por outro motivo, tais como ecografia de carótidas, tomografia ou ressonância de coluna.A prevalência de nódulos palpáveis em mulheres é de aproximadamente 5% e em homens de 1%, aumentando para até 70% em mulheres e idosos submetidos à ecografia cervical.Diversas patologias podem cursar com nódulos. As mais comuns incluem: bócio multinodular, hipotireoidismo de Hashimoto e cistos. A importância clínica de se avaliar um nódulo na tireoide decorre da necessidade em se excluir um câncer, que ocorre em aproximadamente 5% dos pacientes com nódulos.Alguns fatores associados a maior chance de malignidade incluem:História de radioterapia da cabeça e pescoçoHistória familiar em parentes de primeiro grau com câncer de tireoideAlgumas síndromes genéticasRápido crescimento do nóduloDisfonia (rouquidão)Linfonodos cervicais ("inguas") no pescoçoA avaliação inicial em todos os pacientes com diagnóstico de nódulo na tireoide inclui uma ecografia da tireoide e exames laboratoriais. Se a ecografia apresentar sinais sugestivos de malignidade, uma punção guiada por agulha fina (PAAF) da tireoide é recomendada. Este é o método mais acurado para avaliação dos nódulos e para selecionar os pacientes que farão cirurgia.O manejo do paciente com nódulos na tireoide vai depender do diagnóstico da doença tireoidiana. São candidatos à cirurgia aqueles com PAAF sugestiva de neoplasia ou com PAAFs repetidas com diagnóstico incerto. Também deve ser considerada a…
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Considerando que o surgimento do diabete melito tipo 2 decorre principalmente de um aumento da resistência à ação da insulina, estado associado à obesidade e ao sedentarismo, o tratamento inicial de todos os pacientes com diabete melito tipo 2 consiste em modificações do estilo de vida, com redução do peso, reeducação alimentar e atividade física. Uma perda inicial entre 5 a 10% do peso reduz significativamente o risco de complicações cardiovasculares.Além das mudanças no estilo de vida, é recomendada uma medicação para otimização do tratamento. Existem diversos hipoglicemiantes orais (medicações que reduzem a glicemia) disponíveis, variando, entre eles, sobretudo em relação aos efeitos adversos, preço e efetividade no controle do diabete.Na ausência de contra-indicações, a metformina (Glifage®) é a medicação inicial de escolha para a maioria dos pacientes. Esta medicação reduz a resistência à ação da insulina, podendo causar uma redução discreta de peso.Nos pacientes com diabete melito tipo 2, o tratamento com metformina reduz o risco de complicações crônicas relacionadas à doença, como retinopatia e nefropatia (problemas visuais e renais, respectivamente), além de reduzir risco de morte por doença cardiovascular.Os efeitos adversos mais comuns incluem diarreia, flatulências, gosto metálico na boca, náuseas e vômitos, que podem ser minimizados se a medicação for iniciada em doses menores com aumento progressivo ou se utilizada a formulação de liberação prolongada (Glifage® XR).A associação de outras medicações orais ou insulina dependerá da avaliação…
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Doença hepática gordurosa não alcoólica, também conhecida como NASH, do inglês non alcoholic steato-hepatitis, refere-se à infiltração de gordura no fígado com ou sem inflamação comumente associada a condições como diabete tipo 2, resistência à ação da insulina e obesidade.A doença hepática gordurosa não alcoólica tem uma prevalência estimada entre 6 a 35%, sendo maior nos países industrializados ocidentais onde os principais fatores de risco, como diabete, dislipidemia e obesidade central, são mais comuns.Costuma ocorrer por volta da quarta e quinta décadas de vida, igualmente em ambos os sexos.Postula-se que a doença gordurosa do fígado decorra de um estado de resistência insulínica (estado comumente visto em pacientes com obesidade visceral, hipertensão e diabete tipo 2).A maioria dos pacientes é assintomática, sendo feito o diagnóstico por meio de exames de check-up. Alguns pacientes podem apresentar sintomas inespecíficos como mal estar, fadiga e desconforto no quadrante superior direito do abdome.Quanto ao diagnóstico, sabe-se que o método de referência é a biópsia do fígado. Porém, é recomendada apenas em situações especiais.Uma boa história clínica, em conjunto com exames de sangue e uma ecografia abdominal podem estabelecer um diagnóstico presuntivo. Entretanto, alguns pacientes podem ter os exames de sangue normais e a ecografia pode ter valor limitado em pacientes mais obesos.Pacientes com suspeita de doença hepática gordurosa não alcoólica devem ser investigados para outras causas de lesão hepática, como hepatite por vírus B e…
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